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Consumo

Advogado larga escritório para trabalhar com jóias feitas com plantas e insetos

Lucas Arruda | 11/10/2015 07:45
Para as jóias do Amuletos Voa-dor são utilizadas plantas e animais (Foto: Gerson Walber)
Para as jóias do Amuletos Voa-dor são utilizadas plantas e animais (Foto: Gerson Walber)

A paixão e conexão com natureza vêm desde criança, mas há seis meses o advogado Aruan Barcelos teve a coragem de largar o escritório para achar algo ligado ao ambiente para trabalhar. Foi a partir daí que começou sua marca de jóias Amuletos Voa-dor.

Mas seu trabalho não é como as jóias e bijuterias que vemos por aí, nelas há um toque especial: todas são pingentes e o principal item de ornamento dentro das peças vem da natureza. São insetos, flores e plantas.

Aruan começou sua marca há seis meses (Foto: Gerson Walber)
Aruan começou sua marca há seis meses (Foto: Gerson Walber)

Tudo começou quando estava limpando um lustre de sua casa e encontrou uma “sujeira” especial: foram quatro joaninhas, duas libélulas e um besouro verde. “Lembro bem até hoje”, diz.

Depois disso, quando estava na frente da casa de uma amiga que tem um imenso jatobá na calçada e como estava no outono fazia muita “sujeira”. “Para mim isso é uma verdadeira jóia mesmo, comecei a pegar algumas folhas e na mesma semana comprei resina acrílica para começar a fazer os amuletos”, conta.

Ele que gosta de observar a micro vida desde criança. “Quando criança meu brinquedo era uma lupa, sempre adorei olhar a vida micro da natureza”, lembra. Agora, com 28 anos, começou a guardar todos que encontra, sempre mortos.

Antes de começar sua marca ele pesquisou sobre, viu que peças de acrílico estavam fazendo sucesso no Japão e resolveu se arriscar por aqui. Fez suas peças e começou a frequentar feiras de artesanato e de economia solidária. Foi em Corumbá, durante a feira Bocaiúva na festa de São João, que teve seu grande pontapé inicial.

Para conseguir material Aruan observa a natureza, em qualquer lugar pode encontrar obra prima para seu trabalho. “As pessoas têm um pouco de receio no começo, mas até ganhei insetos de algumas pessoas que conheceram meu trabalho”, recorda.

Em todo o momento ele está procurando materiais para suas jóias (Foto: Reprodução/Facebook)
Em todo o momento ele está procurando materiais para suas jóias (Foto: Reprodução/Facebook)
A obra prima para suas jóias é conseguida andando pela natureza (Foto: Reprodução/Facebook)
A obra prima para suas jóias é conseguida andando pela natureza (Foto: Reprodução/Facebook)

Depois disso, ele foi a Porto Alegre para fazer um curso de joalheria, onde aprendeu como misturar ouro com prata, cortar ferro, fazer caixa para suas peças, entre outras coisas. Lá também conseguiu participar de diversas feiras. “Foi bem legal, foram feitas em que todos vendiam algo feito com material sustentável, era sapato feito com roupa usada, colares com fio descartado, entre outras coisas”, enumera.

Agora pretende trabalhar com novos materiais, além da resina acrílica. A resina de mamona é um deles, que foi escolhida por ser totalmente natural. E para enfeitar as jóias, quer fazer composição com pequenas plantas e flores, fazendo minibuquês dentro das jóias. “É um trabalho bem demorado e difícil, mas quero ir aprimorando”, pontua.

Aruan afirma que seu trabalho não é só para obter lucros, também quer passar uma mensagem. “Quero mostrar o micro, os pequenos seres e plantas que temos, que lutam para sobreviver e podem acabar. Para mim tudo isso é uma grande jóia”, reforça.

As peças podem ser encomendadas pelo telefone 9895-48085 ou pela página do Facebook.

Ele vende suas peças em feiras e pela internet (Foto: Mariana Villa Real)
Ele vende suas peças em feiras e pela internet (Foto: Mariana Villa Real)
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