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Consumo

Com lista de 350 japoneses, cabeleireiro ganha fama por ser especialista em liso

Thailla Torres | 03/08/2017 06:05
Com talento e simpátia, Roberto conquistou uma clientela enorme.
Com talento e simpátia, Roberto conquistou uma clientela enorme.

São vinte minutos para o cabeleireiro deixar a cliente renovada. É assim no espaço de Robertto Carvalho, um homem orgulhoso pelos 40 anos de profissão na Rua 13 de Maio, em Campo Grande. De Dourados, ele herdou a vocação da mãe, mas veio fazer sucesso por aqui. O Lado B só chegou até ele graças a fama espalhada por clientes que ao longo dos anos destacaram o sucesso de Robertto com a colônia japonesa, porque sabe como ninguém mexer em cabelo liso.

Mas a clientela é exigente, afirma o cabeleireiro de 48 anos. "Acham que é fácil cortar cabelo liso, mas não é. Principalmente, dos japoneses que são escorridos, e se a gente não corta certinho fica aquele arrepiado", explica.

Um dos clientes descendente de japonês. (Foto: Arquivo Pessoal)
Um dos clientes descendente de japonês. (Foto: Arquivo Pessoal)

Quem plantou o sucesso, conforme ele, foi um amigo de longa data quando morava na pensão Jamic, no bairro Amambaí, um pensionato só para filhos de japoneses. "Ele era japonês e eu conheci outros dois companheiros que começaram a cortar cabelo comigo. Muitos deles eram universitários e ali começou a propaganda. Com o tempo foi aparecendo cada vez mais clientes", descreve.

Com tempo, a maioria virou cliente fiel no espaço. Ele acredita que o sucesso veio com a confiança no serviço. “Eu nunca tive medo de cortar um cabelo, mesmo que fosse o corte mais difícil. Como eu acabei conhecendo grande parte dos japoneses, eles ficaram mais à vontade comigo”, afirma.

O trabalho é reflexo do talento da mãe, se orgulha. “Minha mãe foi uma excelente cabeleireira. Eu era pequeno e ficava no salão xeretando o serviço dela. Varria o cabelo que caia no chão e observava o trabalho. Com o tempo fui aprendendo”, revela.

Na adolescência Roberto já se dedicava aos cabelos e em Campo Grande resolveu construir a própria carreira. Mas além de amigos, entre pentes e cortes, o cabeleireiro encontrou um amor.

Na companhia de Francisca Alves do Nascimento há 20 anos, os dois caminham juntos na administração do salão de beleza. Ela também é cabeleireira por influência da família e admira o carinho dos clientes. "Tem gente que veio jovem e hoje traz os filhos. Isso é muito gratificante", afirma.

Robertto e a esposa Francisca. (Foto: Thailla Torres)
Robertto e a esposa Francisca. (Foto: Thailla Torres)

No quesito trabalho, quem quiser se livrar daquele cabelo certinho, é só falar com ele. "Os japoneses são mais tradicionais, mas há quem quem pede um cabelo mais descolado".

E também não é conversa quando dizem da habilidade no corte, Roberto levou só 20 minutos para cortar e escovar durante o atendimento. Já o cabelo masculino, ele dedica mais tempo. "É porque o acabamento do cabelo curto é maior. Mas são só alguns minutos a mais", garante.

E pelo Centro da cidade o que não falta é concorrência, mas a clientela é tanta, que ele jura nem sentir diferença. "Tenho muito cliente fiel, acho que é por conta disso. Quando começou abrir esse tanto de barbearia, todo mundo falou que eu ia quebrar, mas nunca perdi meus clientes", afirma.

Quem quiser conhecer, o salão de Robertto fica na Rua 13 de Maio, 1977, Centro. O telefone para agendar atendimento é 99248-9785.

 

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