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Consumo

Entre a covid e o desemprego, plano B virou carreira para Cíntia e Nathália

Caminhos de Cíntia e Nathália se cruzaram depois que as duas apostaram em uma nova carreira

Paula Maciulevicius Brasil | 24/08/2020 08:00
Cíntia dentro do hospital, em meio à pandemia e o medo, imagem hoje faz parte do passado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cíntia dentro do hospital, em meio à pandemia e o medo, imagem hoje faz parte do passado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Foi em plena pandemia que Cíntia resolveu deixar os hospitais para viver um novo capítulo, dessa vez como protagonista. Técnica em Enfermagem, foram seis anos vivendo entre plantões, cuidados, cura e doença, até que ela resolveu se reinventar e se encontrou como gestora de logística em uma empresa de semijoias de luxo.

"Quando começou a covid eu pensei que precisava decidir minha vida. Eu tenho uma filha e não podia ficar me arriscando. Amo a enfermagem, mas é muito pesado. Tem a parte boa, mas também tem a parte triste", recorda Cíntia Pinho Fernandes, de 32 anos.

Fácil não foi, afinal, ela já seguia a mesma rotina há seis anos. "Eu achei que ia viver a vida inteira para aquilo, mas meu amor ao mundo Fehu, como a gente chama, foi maior. E eu estou aqui me dedicando, crescendo e as pessoas ao meu redor já perceberam totalmente a minha mudança", compartilha.

O mundo "Fehu" ao que ela se refere é a forma carinhosa de falar sobre a rede de consultoras e clientes da Fehu, grife campo-grandense de joias idealizada pela empreendedora Michelle Pinho Echeverria, que mantinha até o início deste ano uma jornada tripla: de enfermeira auditora, mãe e empresária.

"Pedi demissão no dia 17 de janeiro, menos de dois meses depois veio a pandemia. E de repente, meu plano B virou o plano A", fala. Em meio à pandemia, ela precisou seguir firme no propósito de manter o foco na empresa e ainda inspirar outras mulheres. "Me lembro muito bem de uma palestra que assisti, que quem pensa, sempre tem um plano B, a pessoa não pode investir 100% da vida num negócio só. E se acontece alguma coisa? Nada é fixo e hoje estamos vendo que têm muitas pessoas na equipe inspiradas, que conseguem mesmo em meio à crise, se destacar", ressalta Michelle.

A Fehu cresceu a ponto de, em pouco mais de um ano, chegar a mais de 50 consultoras e está prestes a abranger todo Mato Grosso do Sul através do e-commerce.

Nathália, segunda personagem que viu plano B virar carreira com a própria loja. (Foto: Henrique Kawaminami)
Nathália, segunda personagem que viu plano B virar carreira com a própria loja. (Foto: Henrique Kawaminami)

"Eu sempre busquei qualidade de vida e poder inspirar outras pessoas do mesmo jeito que a gente está transformando pessoas que até então tinham seu plano A e hoje estão tocando o plano B", enfatiza Michelle.

Sonhos e realizações foram as palavras que guiaram a médica veterinária Nathália Benites Bernal, de 23 anos, a conquistar sua própria marca. Com as peças Fehu, ela montou a própria loja que leva o seu nome com uma linha de semijoias escolhida a dedo.

Nathália em cirurgia ainda na faculdade de Medicina Veterinária. (Foto: Arquivo Pessoal)
Nathália em cirurgia ainda na faculdade de Medicina Veterinária. (Foto: Arquivo Pessoal)

Recém-formada, assim que pegou o diploma, Nathália viu o mundo parar por conta da pandemia. "A área que eu gosto já é difícil conseguir emprego e quando veio a pandemia, as contratações que já eram poucas ficaram ainda mais difíceis", contextualiza.

Com apoio da família, Nathália não se sentiu pressionada, mas não queria ficar parada. Logo veio à tona um antigo sonho, o de montar o próprio negócio. "Sempre quis ter uma coisa minha, a minha marca, minha loja, independentemente de formação", lembra.

Em junho, ao fazer aniversário, foi o presente que ganhou da irmã que a iluminou para um novo caminho. "Ganhei um conjunto de colar e brinco da Fehu. Achei as peças lindas e comecei a pensar... Já estava com algumas ideias", relata.

Com o sonho de ter a própria marca, ela foi atrás da realização, começando pela procura por fornecedores. Ao bater na porta da Fehu, "foi amor à primeira vista", classifica. "Eu não queria ser só revendedora, eu queria montar a minha marca e eu super me identifiquei com a Fehu, com a maneira da empresa pensar e decidi criar a minha marca, minha logo, e vender as peças", conta.

Apaixonada pelo que faz, Nathália não só vende, como usa as peças e tem se realizado profissionalmente. "Creio que o sucesso é fruto de dedicação e a gente não pode desistir. Tem que insistir que no final as coisas dão certo. Eu estou muito contente de conseguir ser empresária", afirma.

Hoje Nathália usa as peças da Fehu na própria marca que criou no Instagram. (Foto: Henrique Kawaminami)
Hoje Nathália usa as peças da Fehu na própria marca que criou no Instagram. (Foto: Henrique Kawaminami)

A Fehu atende pelo Instagram @fehujoias.oficial/. O show room da loja fica na Rua 15 de Novembro, 2586, sala 4, no bairro Jardim dos Estados.

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