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Maria teve o casamento dos sonhos em museu renascentista da França

Thailla Torres | 13/10/2018 08:18
Maria Clara casou no museu Villa & Jardins Ephrussi de Rothschild, na França. (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria Clara casou no museu Villa & Jardins Ephrussi de Rothschild, na França. (Foto: Arquivo Pessoal)

Quando Maria Clara Pontes Alvares, de 32 anos, foi pedida em casamento, ela já sabia onde seria a cerimônia. O que ninguém imaginava é que ela conseguiria um feito para poucos, casar em um palácio renascentista na França, com estrutura de 113 anos de história e vista panorâmica para o mar mediterrâneo.

Campo-grandenses, os noivos abriram mão de qualquer investimento por aqui para trocar os votos no palácio Villa & Jardins Ephrussi de Rothschild, na cidade francesa Cap Ferrat. O local é um museu que até 1934 foi residência da baronesa Béatrice Ephrussi de Rothschild, que após sua morte deixou a propriedade e coleções para a Academia de Belas Artes.

Ensaio do casal também na França.
Ensaio do casal também na França.
Palácio fica deslumbrante com iluminação.
Palácio fica deslumbrante com iluminação.

Maria é empresária e o marido Leonardo Bechuate, de 33 anos, é zootecnista. Juntos há dois anos e seis meses, o pedido de casamento veio poucos meses depois de uma viagem de aniversário com a mãe. “Foi numa viagem que eu e minha mãe conhecemos esse local, fomos até lá e nos apaixonamos”.

Assim que o Leonardo fez o pedido, a noiva revelou o desejo. “Eu sempre tive o sonho de casar em um jardim, nunca quis salão de festas. Pensava que seria numa praia ou em um lugar aberto. Mas quando cheguei ao museu e conheci os jardins, simplesmente, me encontrei”, narra.

Pelas fotos e pela história é inegável a espetacular arquitetura do lugar, visto de longe. Um cenário cinematográfico que fez a empresária passar um ano negociando os detalhes da cerimônia à distância. Investimento que exigiu paciência e muitas regras, ao mesmo tempo em que se tornou um portfólio para noiva que também atua na área de eventos. “A experiência ajudou, mas o que também fez diferença foi o amor que eu tenho em fazer do casamento algo inesquecível”.

Espaço durante a cerimônia.
Espaço durante a cerimônia.
Museu no fim do dia.
Museu no fim do dia.

Maria não revela o valor do aluguel, mas conta que para conseguir estar no espaço, além de pagar, é preciso seguir regras. “Lá não é permitido levar fornecedores de fora, apenas o fotógrafo, então tudo o que você precisar para o casamento, é preciso contratar de lá”.

Mas opções não faltam em um lugar que além de casamentos, recebe concertos, recitais, apresentações de dança e visitas. Mas para casar, o próprio museu fornece uma lista ao cliente com todos os fornecedores disponíveis, basta ver qual agrada. Maria passou meses negociando com as pessoas por e-mail e telefone. “Só viajei até lá uma vez para reunião que durou quase 5 horas”, revela empresária.

Usando tudo o que o palácio oferece, a cerimônia foi em um dos nove jardins que rodeiam o museu com verde em abundância. Maria escolheu o Jardim Francês, visível dos salões, que ocupa a parte central dos jardins e tem um espelho de água rodeado por plantações dispostas simetricamente. Tudo fica ainda mais bonito com as flores e estátuas.

Área interna, na entrada do museu.
Área interna, na entrada do museu.
Detalhes do interior.
Detalhes do interior.
Lugar é incrível e proporciona cenário perfeito para celebrar uma história de amor.
Lugar é incrível e proporciona cenário perfeito para celebrar uma história de amor.

A cerimônia para 75 convidados foi celebrada pelos tios de Maria. O local ganhou decoração com peônias e copas de leite, flores preferidas da nova. O jardim francês recebeu a celebração e o jardim da fonte foi cenário para o coquetel, já a pista de dança e o jantar ficaram Grand Patio, onde hoje é entrada do museu. “O único cuidado é para que ninguém toque nas peças, são obras de arte que merecem serem preservadas”, explica.

A festa foi ainda mais linda, segundo a noiva, com a exploração dos jardins. “Os convidados ficaram à vontade para passear pelos jardins que à noite também são encantadores. Eu quis casar no por do sol para ter uma vista linda e que todo mundo também se apaixonasse”.

O casamento durou cerca de sete horas e foi preparado em tempo recorde, já que os fornecedores só podem chegar com os detalhes da festa após o fechamento do museu para visitação. “Ou seja, há vezes que tudo é feito em uma hora”.

Como até o fotógrafo é de fora do país, fotos da cerimônia realizada no dia 20 de setembro ainda não foram entregues e alguns detalhes são vistos pelas fotografias feitas pelos convidados. Mesmo assim, na memória de Maria, da recepção até o último sorriso em festa, tudo ainda parece um sonho. “Foi um sonho realizado e muito mais apaixonante do que eu imaginei. É um casamento e uma experiência histórica”.

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