Baile Anos Dourados quer recuperar sócios da época de ouro do Rádio Clube

Depois de tempos sem muita movimentação, este ano o Rádio Clube vai ganhar mostra de decoração, dois bailes de gala e uma festa para recordar os anos dourados. São eventos para reconhecer a importância na história, mas também um esforço para recuperar os cerca de 3 mil sócios perdidos nos últimos anos.
O ponto de encontro dos anos 60, 70 e 80 é tão vivo ainda na memória das tradicionais famílias de Campo Grande, que no Facebook uma página criada só para lembrar dos velhos tempos já tem mais de 1.1 mil seguidores.
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Justamente ali, entre a postagem de uma foto antiga e um texto com recordações, que os sócios fieis encontraram um incentivo para realizar uma festa em grande estilo, à altura do velho Rádio Clube. O encontro será no dia 15 de novembro.
A noite terá banda ao vivo, jantar e até um sarau de abertura, para quem quiser tocar piano, improvisar no violão ou apenas cantar.
Para o salão do Rádio Clube Campo, onde grandes carnavais e eventos reuniam famílias inteiras há cerca de 20 anos, a ideia é levar, pelo menos, 500 pessoas ao som de bandas que animavam as festas da sociedade.
O preço do ingresso já foi definido: R$ 50,00. O traje será passeio completo, a festa começará às 20h, mas os grupos que vão tocar ainda são estudados. “Temos 3 bandas no gatilho, mas queremos escolher direitinho para garantir o clima dos anos 60”, explica Jurandir José de Oliveira, um dos membros da “Comissão Dourada”, que também tem Aroldo Figueiró, Geraldo David, Keila Mattioli, Cléa Maria Lopes de Oliveira e João Conceição Pereira – diretor social do clube.
Ele brinca que na verdade o grupo organizador da festa é “prateado”, pelos cabelos grisalhos em comum. São amigos que nunca abandonaram o clube e agora resolveram “botar pra quebrar”.
Hoje são 1.4 mil sócios. A mudança natural no comportamento das famílias esvaziou o clube, mas 1.1 mil ainda são sócios proprietários, donos da “Joia”, um título comprado por R$ 3 mil, que dá o direito à pessoa participar das decisões e se candidatar à presidência.
Sócios recreativos, que apenas usufruem do lazer e serviços oferecidos, são pouco mais de 300, que pagam R$ 180 de mensalidade e têm direito a frequentar academia, hidroginástica, natação, aulas de pilates, de artes marciais e até cabelereiro.
“Tenho certeza que se os associados retornarem, o Rádio voltará a ser o que era”, avalia Jurandir.