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Diversão

Com parabéns a MS, Alceu Valença encanta e faz show para ninguém ficar parado

Músico cantou sucessos como 'Anunciação', 'La belle de jour', 'Morena tropicana' e público pede continuidade de shows gratuitos na cidade.

Thailla Torres | 12/10/2017 23:36
Ontem foi o dia de matar a saudade do cantor que há 10 anos não vinha para Campo Grande. (Foto: Álvaro Herculano/FCMS)
Ontem foi o dia de matar a saudade do cantor que há 10 anos não vinha para Campo Grande. (Foto: Álvaro Herculano/FCMS)

Aos 71 anos, Alceu Valença subiu ao palco nesta quinta-feira com uma energia que não deixou ninguém parado. Arrancou elogios de quem foi matar a saudade do cantor, que há 10 anos não passava por aqui e ontem foi a atração principal do aniversário de 40 de Mato Grosso do Sul.

No Parque das Nações Indígenas, teve "Anunciação", "La belle de jour", "Morena tropicana", "Solidão", "Como dois animais", "Girassol", entre muitos outros sucessos. A plateia cantou em coro várias vezes durante a apresentação que foi de graça para o público.

O show, por completo, é um apanhado de 45 anos da carreira que continua com a mesma energia de sempre. Ainda hoje, Alceu faz até performance dançando e se jogando no palco para interpretar deitado, de olhos fechados. 

"Apaguem as luzes e acendam os celulares". (Foto: André Patroni)
"Apaguem as luzes e acendam os celulares". (Foto: André Patroni)

"Esse é o meu segredo, ando sete quilômetros por dia, não como extravagâncias e por isso tenho essa vitalidade. E claro, o que me mantém é o palco, ele é todas as minhas vitaminas do dia", diz Alceu ao Lado B.

Ao voltar, ele garante estar honrado em ser escolhido no aniversário do Estado e relembra uma de suas visitar que quase fez o cantor gravar um DVD na cidade. "Eu já tinha vindo aqui e gosto demais. Até pensei em fazer um DVD, mas que não aconteceu, porém eu agradeço porque minha música sempre foi muito bem acolhida por aqui", completa.

Durante 1h20 de apresentação, Alceu reflete sobre amores, dores, solidão e as memórias da vida em Pernambuco através de suas músicas. Envolveu o público do começo ao fim e ficou encantado com o mar de luzes que ele promoveu durante a noite. "Apagam as luzes e acendam os celulares. Vocês vão ver que maravilha isso fica", disse no meio do show. Quem viu ao vivo, também se encantou.

E se o show foi uma festa para o povo sul-mato-grossense, quem ganhou o presente na noite foi Ana Luiza Klein, de 18 anos, que comemorou seu aniversário desfrutando dos sentimentos de Alceu. Ela abriu mão da própria festa para cantar ao lado dos amigos. "Trouxe todo mundo comigo. Sou apaixonada por Alceu Valença desde de pequenininha, meu sonho era assistir um show dele e consegui", descreve.

A felicidade era semelhante no sorriso da família de João Billo, de 47 anos, Lucelia Billo, 40 e Zeli Oliveira, 56, que mataram a saudade da infância com os versos do cantor. "Cada música dele marcou um trecho da nossa vida. Por isso lá em casa a playlist começou cedo pra gente curtir o show bem animados", diz Zeli.

Ana Luiz ganhou de presente um abraço de Alceu. (Foto: Thailla Torres)
Ana Luiz ganhou de presente um abraço de Alceu. (Foto: Thailla Torres)
Família relembrou a infância com canções de Alceu. (Foto: Thailla Torres)
Família relembrou a infância com canções de Alceu. (Foto: Thailla Torres)

Antes dele, cantores de Mato Grosso do Sul destilaram sucessos e despertou no público um certa saudade do MS Canta Brasil, projeto que foi criado para ter atrações nacionais e artistas sul-mato-grossenses, aos domingos, no parque. Foram 8 anos de projeto até a despedida em 2014.

"Isso faz muita falta. Os shows eram a chance de aproximar artistas locais e nacionais do público da nossa cidade. Deveria voltar", explica o servidor João Billo.

Na professora, Ana Paula Carlino, de 54 anos, a saudade bate mesmo com o “Temporadas Populares” que vem a memória, um projeto semelhante no fim dos anos 90, que para ela trouxe um valor a cultura da cidade. "Era maravilhoso e mesmo que mude de nome, todo incentivo e show por aqui é bem vindo. Uma apresentação como essa pelos 40 anos de MS é super válida, mas poderiam pensar em repetir outros eventos durante o ano", diz.

Na justificativa do secretário estadual de cultura, Athayde Nery, o problema está na falta de orçamento e não cogita a volta do projeto. "É um problema financeiro, estamos enfrentando esse período de crise. Mas aos poucos a gente está buscando levar novos projetos, não só no parque, mas a outros bairros da cidade. Acho que agora é um momento de recuperar o conceito de que vale a pena nossos artistas se reunirem e mostrar que Mato Grosso do Sul tem trabalho artístico de qualidade", finaliza.

Também se apresentaram os músicos Beget de Lucena, Chicão Castro, Marina Peralta, Vinil Moraes, Xaras Gabriel, Ju Souc, Chris Haicai, André Stábile, Zé Pretim, Carlos Sória, Rodrigo Tozette, Falange da Rima, Zé Carlos da Vila Carvalho, Jucy Ibanez, Gideão Dias, Toniquinho da Viola, Pegada de Macaco, Don Batuque e Choquito.

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Alceu Valença fechou a noite com alegria e público pede continuidade de eventos culturais gratuitos na cidade. (Álvaro Herculano/FCMS)
Alceu Valença fechou a noite com alegria e público pede continuidade de eventos culturais gratuitos na cidade. (Álvaro Herculano/FCMS)
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