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Diversão

"É como perder a virgindade outra vez", diz Fatboy sobre show em Campo Grande

Ângela Kempfer | 28/01/2012 07:39
(Fotos: João Garrigó)
(Fotos: João Garrigó)

“Tocar em cidade nova é como perder a virgindade outra vez”, tenta traduzir Norman Cook, ou apenas Fatboy Slim.

De sandálias e roupa surrada, ele recebe a imprensa antes de assumir as pickups no primeiro show em Campo Grande. È o estilo Fatboy, como se nunca tivesse saído da praia, local preferido para apresentações pelo mundo.

De tão simples, a intimidade aflora e permite um abraço daqueles apertados em todos que entram no camarim. Mas com as câmeras posicionadas, o DJ cênico assume o comando e entre muitas caretas e gestos vai falando de música e do Brasil.

Durante toda a entrevista, Fatboy exalta a novidade, aos 48 anos. “Ouço músicas em rádios e pergunto se é aquilo que quero ouvir. Então busco criar coisas novas”. Um exemplo são os clipes, comemorados pela criatividade, divertidos e sem "mulheres com peitões", lembra.

É assim desde que entrou para a primeira banda, partiu para carreira de DJ mesclando house, techno, funk, hip hop e rock in roll e estourou no mundo, principalmente pela maneira animada a frente das pickups , “Sempre fui DJ, mas é que na minha cidade tinha de ter banda para fazer sucesso”, brinca sobre o início da fama na banda The Housemartins.

Poucas vezes em cidades tão pequenas quanto Campo Grande, ele diz que o tamanho pouco importa e o que interessa é a “celebração”, uma palavra que ganhou sentido maior ao conhecer o Brasil, conta. “O melhor do Brasil, são as pessoas. O brasileiro trata a música como celebração.”

Antes do show, o computador.
Antes do show, o computador.

A paixão pelo País do Carnaval é notória e ele reforça dizendo que aos poucos vai aumentando o vínculo e a sensação de estar em família entre os brasileiros. “Cada vez que venho, conheço 2 ou 3 cidades”, comenta ao lembrar que já tocou até no Carnaval de Salvador.

O tema local do momento não poderia passar batido durante a entrevista. No meio da conversa a repórter de TV questiona se o DJ conhece o sucesso mundial Michel Teló e chega a cantar, um pouco sem jeito, o refrão do “Ai se te pego”. Com uma careta, Fatboy diz que nunca ouviu falar e responde com outra pergunta: “Eu deveria?”.

O inglês também admite não conhecer nada de nomes da música eletrônica criados em Campo Grande, como Renato Ratier, responsável por fechar o show na madrugada deste sábado. “Da próxima vez vou procurar saber alguma coisa”.

Comparado ao Pink Floyd da música eletrônica, pela “revolução” na batida há dez anos, Fatboy sorri. “Não acho que sou o Pink Floyd da música eletrônica, mas gostaria de ser”.

O DJ agradece à imprensa, troca de roupa e pontualmente sobe ao palco às 2h30, conforme o programado, sob a mira de centenas de celulares, ao som de uma multidão enlouquecida e descalço.

O jeito Fatboy.
O jeito Fatboy.
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