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Diversão

Evento alternativo quer mostrar talento e dedicação de bandas independentes

Neste sábado, festa reúne bandas e fortalece músicas autorais na cidade; A entrada é R$ 10,00

Thailla Torres | 14/02/2020 08:42
Banda Peixes Entrópicos será uma das atrações. (Foto: Sarah Outeiro)
Banda Peixes Entrópicos será uma das atrações. (Foto: Sarah Outeiro)

Neste sábado, a partir das 21h, a programação noturna conta com uma festa que serve de vitrine para bandas locais. Músicos que sustentam a bandeira da independência querem mostrar que Campo Grande tem trabalhos consolidados e identidade cultural que, às vezes, acabam camuflados pela falsa ideia de que não há banda produzindo música por aqui.

Na contramão disso, as bandas não sobem ao palco para fazer o “mesmo”. Com canções sem temática fixa, elas falam de questões existenciais, reflexos do mundo, do ser, do amor e dia a dia. Mais do que isso, fortalecem, também, um cenário de música alternativa que, embora aconteça há bastante tempo, sofre com a falta de espaço e incentivo.

O evento reunirá as bandas Gobstopper, Polinésia e Peixes Entrópicos no espaço que pertence ao empresário George Van Der Ven, dono do Holandês Voador, local conhecido pela abertura para bandas autorais. “Acredito no potencial criativos dos artistas daqui. Suas obras têm qualidade e performance tanto quanto figuras consagradas no meio nacional ou internacional”, diz o empresário.

Banda Polinésia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Banda Polinésia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para os músicos, ser independente é saber que há altos e baixos, mas que é preciso continuar fazendo música. “Os eventos independentes com bandas autorais, em Campo Grande, já acontecem há bastante tempo. Essa é mais uma edição daquilo que a gente sempre se propõe a fazer, e realiza várias vezes ao ano, que é juntar alguns grupos de música do nosso nicho (que não é restrito, existem muitas bandas de tudo quanto é gênero e identidade) e colocar pra tocar em algum espaço cultural parceiro que nos receba”, explica o músico João Abdo, da Peixes Entrópicos.

Por isso, os músicos não acatam a falta de espaço e resistem desenvolvendo meios de continuar tocando, a auto-gestão e colaboratividade são exemplos desses meios. “Para a realização de encontros sonoros, a gente se organiza bem, eu diria. Cada um ajuda naquilo que pode e pronto: temos um evento marcado! A ideia é poder continuar a fazer nosso som para as pessoas, melhorando a qualidade de vida delas com o potencial transformador da música”, completa.

Em troca, os músicos recebem o carinho das pessoas que comparecem aos eventos e adquirem cd's, adesivos, camisetas, cantam as músicas e se sentem felizes com a troca. “Algumas se identificam tanto com o movimento que passam a fazer música também”, afirma.

Para Felipe Lopes Siqueira, 23 anos, arquiteto e guitarrista na Polinésia, o evento significa ter autonomia para fortalecer a cultura. “Bares fecham e está cada vez mais escasso ter lugar para tocar. É importante juntar, fortalecer e mostrar a cara do rock em Campo Grande”.

Banda Gobstopper. (Foto: Arquivo Pessoal)
Banda Gobstopper. (Foto: Arquivo Pessoal)

Bandas - Nascida em 2007 e com a formação atual desde 2018, Elizeu Nico na guitarra e vocal, Felipe Siqueira no contrabaixo e Leandro Bezerra na bateria integram a Gobstopper e mostram o estilo power pop, considerada uma vertente mais leve do rock. A banda tem 12 músicas disponíveis no YouTube, Spotify e em CD para os mais nostálgicos, este lançado em 2012.

A Polinésia recorta quadros do noise, shoegaze e dream pop, com influências de bandas dos anos 90, letras melancólicas e melodias amorosas. Formada em 2019, conta com Felipe e Yanco na guitarra e voz, Kaique no contrabaixo e Lolline na bateria.

A Peixes Entrópicos surgiu em 2015 e segue com a mesma formação desde então: Higor Müller na voz e guitarra; Leandro Bezerra na bateria, João Abdo no contrabaixo e Guilherme Baioni na voz e guitarra. Em 2017, a banda gravou seu primeiro álbum de estúdio, disponível nas principais plataformas digitais. O estilo é chamado por eles de “pop-sonhador-delicinha”, uma brincadeira com o gênero “dream pop”. “O qual a gente tira algumas referências sonoras, e “delicinha” é o nome de uma faixa instrumental, presente em nosso disco, que carrega muito da nossa essência musical”, explica João.

Quem quiser comparecer ao evento e prestigiar bandas de Campo Grande, a festa começa às 21h, na Rua Brilhante, 853, Bairro Amambaí. A entrada é R$ 10,00. Informações pela página do evento no Facebook (clique aqui).

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