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Diversão

Há 38 anos, moradores se reúnem para assistir desfile no Coophavila II

É uma festa tradicional promovida pela Associação dos Moradores, e teve desfile de escolas e apresentações das bandas de fanfarra

Alana Portela | 08/09/2019 07:56
Crianças desfilaram na Avenida Marinho (Foto: Kisie Ainiã)
Crianças desfilaram na Avenida Marinho (Foto: Kisie Ainiã)

Trocando o Centro pelo bairro, os moradores criaram uma tradição de 7 de Setembro, no Bairro Coophavila II. O evento ocorre há 38 anos na Avenida Marinha, sempre na parte da tarde, para não concorrer com o desfile oficial no Centro. É uma festa promovida pela Associação dos Moradores, com desfile de escolas e apresentações das bandas de fanfarra da região.

“O desfile foi criado por um ex-presidente de bairro, mas ninguém sabe quem foi. Ainda não levantamos os documentos para identificar a pessoa, no entanto, sempre tem participantes”, destacou Ivanildo Soares, atual presidente do Coophavila II. “A ideia é fazer a família ocupar mais os locais púbicos”, explicou.

Dalva Aparecida de Vasconcelos, 72 anos, mora no bairro há 40 anos. Ela faz questão de chamar as amigas, Maria Amélia Lima, de 65, e Onorina Vasconcelos, de 82 anos, para prestigiarem o evento juntas. “É maravilhoso ver essas pessoas, as escolas desfilando, as bandas tocando isso reúne a comunidade. Temos um desfile tradicional aqui, não precisamos ir ao Centro para ver isso”.

A aposentada, Dalva Aparecida de Vasconcelos tem 72 anos e falou sobre a importância da programação (Foto: Kisie Ainiã)
A aposentada, Dalva Aparecida de Vasconcelos tem 72 anos e falou sobre a importância da programação (Foto: Kisie Ainiã)
Maria Amélia Lima contou que mora no bairro desde 1983 (Foto: Kisie Ainiã)
Maria Amélia Lima contou que mora no bairro desde 1983 (Foto: Kisie Ainiã)
Onorina Vasconcelos tem 82 e participou do evento (Foto: Kisie Ainiã)
Onorina Vasconcelos tem 82 e participou do evento (Foto: Kisie Ainiã)

Maria Amélia acha a melhor forma de ocupar as ruas. “É bom trazer esse movimento, voltar a usar o espaço. O evento é uma opção para quem não consegue sair do bairro para ver o desfile no Centro. Trouxe minha nora e meu netinho também para ver”. Ela é aposentada, mora no Coophavila desde 1983 e conhece boa parte dos moradores antigos. “Conheço por conta do desfile. Outra questão importante é que tem a participação da juventude, mostra a união de todos”.

Onorina também é moradora antiga, está no bairro há 32 anos e gosta de fazer parte da tradição. “Participo sempre porque gosto daqui, meus filhos cresceram e estudaram na Escola Estadual Padre José Scampini, que completou 40 anos em agosto, e os alunos desfilaram homenageando o colégio. Resgataram a história do local, e me lembrei que eu acompanhava todas as apresentações deles”.

Para ela, a vida sempre foi uma correria, tinha que trabalhar e não sobrava tempo para o lazer. “Trabalhava numa creche, mas agora que me aposentei estou curtindo os momentos. Antigamente não era de sair, agora sim”.

Cerca de mil moradores do Coophavila II participaram do desfile que ocorreu na avenida principal do bairro, entre as ruas Mariscos e Península. Ao todo, duas escolas do bairro levaram os alunos para desfilar, e seis bandas de fanfarra animaram o público, com músicas desde o tema dos vingadores ao sertanejo. 

Juliana Faria mora no São Conrado, mas soube do evento e quis participar (Foto: Kisie Ainiã)
Juliana Faria mora no São Conrado, mas soube do evento e quis participar (Foto: Kisie Ainiã)
Miriam Gonçalves foi com o filho Aroldo Gonçalves ver o desfile (Foto: Kisie Ainiã)
Miriam Gonçalves foi com o filho Aroldo Gonçalves ver o desfile (Foto: Kisie Ainiã)
José Francisco Gomes, ao centro, com a família (Foto: Kisie Ainiã)
José Francisco Gomes, ao centro, com a família (Foto: Kisie Ainiã)

Família - Miriam Gonçalves, 50 anos, e o filho, Aroldo Gonçalves, de 30, também apareceram para assistir. Juntos, em pé na calçada, de frente para Avenida Marinha, eles seguiram a programação até o fim. “Meu filho nasceu e cresceu aqui e participamos do evento quando acontece. É uma forma de conhecer os vizinhos, isso afasta a questão da marginalidade”, falou a mãe.

Aos 72 anos, José Francisco Gomes foi ao desfile acompanhado da família. Ao lado da sobrinha, a enfermeira Valdeni Soares, 40, não tiraram os olhos do evento. “É uma oportunidade de ver as bandas se apresentarem. Já estamos na terceira geração aqui. Meu tio, eu e meus filhos”, disse Valdeni.

A dona de casa, Juliana Faria mora no bairro São Conrado, mas soube da programação e decidiu levar os filhos. “Trouxe para sair de casa e aproveitar as coisas que acontecem na cidade. Meu marido faz parte da banda de fanfarra, o avisaram do desfile e viemos conferir”, contou. Para ela, o evento incentiva a cultura e a interação entre os moradores. “É isso que faltava na Capital. As crianças ficam encantadas ao verem o desfile, as bandas, e isso desperta a vontade de fazer o mesmo depois”.

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A banda de fanfarra tomou conta da avenida do bairro (Foto: Kisie Ainiã)
A banda de fanfarra tomou conta da avenida do bairro (Foto: Kisie Ainiã)

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