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Diversão

No Festival de Roterdã, filme de MS é exibido e elogiado pela crítica

Imprensa francesa colocou "Madalena" no mesmo patamar de longas brasileiros já aclamados, como "Aquarius" e "A Vida Invisível"

Thailla Torres | 04/02/2021 11:35
Atriz sul-mato-grossense Pâmela Yule é uma das protagonistas (Foto: Reprodução/YouTube)
Atriz sul-mato-grossense Pâmela Yule é uma das protagonistas (Foto: Reprodução/YouTube)

Começou no dia 1º de fevereiro a 50ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã na Holanda que, desta vez, acontece em formato estendido e híbrido, sendo parte online e parte presencial, e segue até o dia 7 de fevereiro on-line para imprensa internacional e público local devido às medidas de segurança contra a pandemia do novo coronavírus. E neste semana, houve exibição do filme sul-mato-grossense "Madalena" ao lado de outro brasileiro indicado para o festival.

O filme do mato-grossense Madiano Marcheti arrancou elogios da crítica francesa, publicada na Le Bleu Du Miroir.

"Se manipula elementos muito sensíveis, 'Madalena' faz parte desses grandes filmes brasileiros dos últimos anos, como 'Aquarius' de Kleber Mendonça Filho ou 'A Vida Invisível' de Eurídice Gusmão, que questionam seu tempo trazendo um poderoso olhar político para sua sociedade. É particularmente apreciável ver um filme brasileiro desse calibre surgir em 2021 em um país onde a criação artística é prejudicada como não acontecia desde a ditadura militar que havia reduzido a produção cinematográfica a nada até os anos 1980", disse a crítica francesa.

Por crescer numa região conservadora, o diretor buscou mostrar a realidade de transexuais nessa região.  “Porque no espectro de violência das pessoas LGBTQIA+, as trans são as que mais sofrem, às vezes até perdendo a vida. O filme acaba focando no que eu acredito que é a pior consequência dos impactos das dinâmicas sociais opressivas, no caso contra as pessoas trans”, disse em entrevista ao Estadão.

“Madalena” põe a diversidade como resistência, que tenta superar o medo e transformá-lo em afeto que o mundo necessita. Um longa-metragem de suspense, com maioria dos atores sul-mato-grossenses e que foi gravado em Dourados.

O filme tem como ponto de partida o corpo de Madalena, encontrado em uma plantação de soja. Na sequência a trama acompanha a história de três jovens – Luziane (Natália Mazarim), Bianca (Pamella Yule) e Cristiano (Rafael de Bona) – que vivem contextos diferentes em uma mesma cidade. Embora não se conheçam, o espírito de Madalena que esvoaça sobre o local torna-se um elo entre eles. O longa denuncia a violência constante do país que mais mata a população LGBTQIA+.

Festival – Depois do período on-line, o festival seguirá com programação diversificada até o início de junho, quando entre os dias 2 e 6, data em que completa 50 anos de história, deverá apresentar eventos presenciais e festivos.

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