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Diversão

Organizadores de matinê culpam boate por constrangimento de adolescentes

Paula Maciulevicius | 26/05/2014 14:46
Fila foi gerada devido ao cadastro para a comanda que era feito na entrada da boate. (Foto: Marcelo Victor)
Fila foi gerada devido ao cadastro para a comanda que era feito na entrada da boate. (Foto: Marcelo Victor)

A revista aos adolescentes na matinê realizada neste sábado, no “Cabaret”, em Campo Grande, ocorreu por decisão da direção da casa e acompanhada pela Polícia Militar, garantem os organizadores, depois do pedido de pais que tiveram os celulares dos filhos roubados. O episódio revoltou quem viu is filhos tendo bolsas revistadas por seguranças.

Segundo nota divulgada no Facebook pela empresa que locou a boate e organizou a festa, “TheChoice”, dois pais e duas mães pediram à direção da casa que revistassem todos convidados. A empresa alega que foi totalmente contra essa decisão “pois todos os convidados passaram por um constrangimento desnecessário”.

Por meio da assessoria de imprensa, o “Cabaret” confirmou que a revista foi feita mediante solicitação dos pais e que não havia outra saída a não ser acatar o pedido. Em nota, eles também disseram que o procedimento foi realizado por dois homens e duas mulheres, na companhia de policiais militares que foram acionados desde o início do episódio.

“Enquanto a revista era feita, em momento nenhum os adolescentes ficaram retidos dentro da casa. Pelo contrário, a diversão para os adolescentes continuava, como demonstram os vídeos de segurança da Casa”, sustenta a direção em nota.

Quanto à demora na entrada e saída, motivo de reclamação dos pais, tanto a casa noturna quanto a empresa justificaram que foi pelo tempo que se levou para fazer o cadastro das comandas. O bar pontuou que é de praxe fazer os registros de nome e contatos, principalmente quando a festa é voltada para adolescentes, pela facilidade de localização de parentes caso algum problema ocorra. Eles completam dizendo que foram colocados quatro funcionários para esta função, com o objetivo de agilizar a entrada.

Em relação à superlotação denunciada por pais, tanto empresa quanto a direção da casa alega que a casa não ultrapassou o limite e que a demora na realização das comandas gerou filas, o que deu a impressão de que a casa estava lotada. “A casa não ultrapassou a quantidade de público previsto no alvará do Corpo de Bombeiros, que é de 800 pessoas. O sistema do Cabaret marcou 741 pessoas, comprovadamente”, argumenta o “Cabaret”.

O clube confirma estar em dia com todos os alvarás de funcionamento e que em quatro anos de portas abertas nunca teve problema desta ordem.

Na festa não era permitida a entrada de maiores de idade, somente adolescentes de 12 a 17 anos. A matinê já foi realizada em outras cidades do País.

Segundo relatos de pais ao Lado B, a situação fez com que os adolescentes fossem impedidos de sair do local. A segurança ia liberando de três em três em um corredor apertado e com degraus, mas todos tinham que passar pela revista. 

O delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, Camila Kettenhuber, explicou ao Lado B que nesses casos o melhor a fazer é chamar a Polícia Militar para conduzir a ocorrência. “O direito penal só vai se preocupar se a pessoa não autorizar e for forçada a passar pela revista”, disse. 

Tanto a casa quanto a empresa organizadora afirmaram que estes foram fatos pontuais e que estão preparados para que isso não volte a se repetir. 

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