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Diversão

Para muita gente, funk já é bem maior que bloquinho na Esplanada

Tradicionalmente, "baile de favela" também tem espaço no Carnaval de Campo Grande

Lucas Mamédio | 25/02/2020 15:25
Galera reunida na Calógeras pra ouvir funk (Foto: Kísie Ainoã)
Galera reunida na Calógeras pra ouvir funk (Foto: Kísie Ainoã)

“Fluxo”, esse é o nome que se dá à reunião de carros de som com pessoas em um espaço aberto, tocando principalmente funk. Durante esse Carnaval, se você tiver a fim de um rolê desse, é só colar nos arredores da Esplanada Ferroviária.

Existe um Carnaval paralelo no centro histórico de Campo Grande, que não toca nem marchinha, nem samba, muito menos axé, só funk. Vendo de um lugar mais alto, não devemos nada aos Bailes de Favela, mas é bom entender que tudo é resultado do Carnaval e suas atrações, ou a falta delas.

Com maior aglomeração de pessoas no cruzamento da rua Calógeras com a rua Antônio Maria Coelho, os jovens dão play no brega funk, funk rave, funk pop, funk 150 bpm, e mais, tudo regado a muita bebida e um estilo próprio.

Para o promotor de eventos Cristian Simões, o funk já está presente em todos os espaços. “Antigamente era cultura ouvir outros ritmos no Carnaval, agora o funk tomou conta de tudo”.

Outra observação é que, mesmo à noite, o óculos de sol modelo Juliette, da marca Oakley, parece um acessório indispensável para os presentes no fluxo. Sem falar nas camisas de times de futebol e os bonés de aba reta.

O barbeiro Rogério Lucas não tinha pisado o pé na Esplanada até o momento que conversamos com ele. Pra ele, ficar no “mandelão”, como também é conhecido os bailes de favela, é a melhor opção. “Aqui que nós “fica” no grau, lá (na esplanada) só é mais família, parece”.

Raina acredita que a geração atual só curte funk (Foto: Kísie Ainoã)
Raina acredita que a geração atual só curte funk (Foto: Kísie Ainoã)
Rogério Lucas e seus amigos no fluxo (Foto: Kísie Ainoã)
Rogério Lucas e seus amigos no fluxo (Foto: Kísie Ainoã)

A estudante de medicina veterinária, Jéssica Bortoni, é um pouco mais direta. Pra ela o bloquinho está meio “chato”. “Aqui é mais funk, ali no bloquinho é mais samba, parece coisa de domingo à tarde”.

A jovem estudante Raina Ferraz, imbuída também do seu Juliette, aborda que a questão geracional para explicar essa espécie de divisão. “Nossa geração é mais mandelão mesmo, aqui a gente curte, a gente se diverte e tudo mais”.

Seja no bloquinho ouvindo samba ou axé anos 90, seja nos arredores ouvindo MC Kevin o Crhis , é importante destacar que o Carnaval tem espaço pra todo mundo de todos os ritmos.

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