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Diversão

Riqueza cultural de Corumbá inspirou carnavalesco do Rio de Janeiro

Elverson Cardozo | 19/02/2012 14:00

“Identifiquei Corumbá como uma cidade brasileira”, diz Wagner Gonçalves, que assinou o desfile. Escola entrou na avenida com 21 alas, 5 carros alegóricos e cerca de 2,5 mil componentes.

"Sinfonia da natureza" contou a relação do homem com a riqueza pantaneira.(Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)
"Sinfonia da natureza" contou a relação do homem com a riqueza pantaneira.(Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)
 Riqueza cultural de Corumbá inspirou carnavalesco do Rio de Janeiro

Inocentes de Belford Roxo brilhou na noite deste sábado (19) ao desfilar na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ). Mas, quem ficou em evidência mesmo, para o Brasil e para o mundo, foi Corumbá. O município do interior de Mato Grosso Sul foi o tema da agremiação carioca. “Identifiquei Corumbá como uma cidade Brasileira, apesar de fazer fronteira”, disse Wagner Gonçalves, o carnavalesco que assinou o desfile.

A cidade, que fica a 444 quilômetros de Campo Grande, entrou para a principal avenida do samba depois de uma visita rápida de Wagner no ano passado ao município. Em entrevista por telefone ao Campo Grande News, o carnavalesco, que ficou em Corumbá por 4 dias, afirmou que contar a história da cidade branca foi um desafio.

“Quando o tema é contar história de cidade o carnavalesco se sente limitado para criar”, contou.

“Tatu Canastra – A busca pelo progresso”. Uma alusão à busca pelas sandálias de Frei Mariano. (Foto:Wilson Spiler/Jornal SRDZ-Carnaval)
“Tatu Canastra – A busca pelo progresso”. Uma alusão à busca pelas sandálias de Frei Mariano. (Foto:Wilson Spiler/Jornal SRDZ-Carnaval)
Mestre sala e porta-bandeira fizeram bonito na avenida. (Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)
Mestre sala e porta-bandeira fizeram bonito na avenida. (Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)

Apesar de não ser uma tarefa fácil levar a história do município, algumas de suas lendas, desenvolvimento e até o pantanal Sul-Mato-Grossense para a avenida, Wagner relata que identificou potencial na cidade. “Quando eu cheguei na cidade achei que daria para contar”, disse.

A riqueza cultural de Corumbá despertou a atenção do carnavalesco que se diz feliz pelo trabalho realizado. “A gente entende a característica da cidade que tem muita informação cultural para mostrar ao Rio de Janeiro e para o Brasil”, afirmou, acrescentando que os corumbaenses ficaram honrados.

Desfile - Com samba-enredo “Corumbá - Ópera Tupi – Guaikuru”, e nas cores azul, vermelho e banco, a cidade branca foi retratada por 21 alas e 5 carros alegóricos. A escola entrou na avenida por volta das 22h30 (horário de Mato Grosso do Sul). O desfile foi transmitido ao vivo pelo SBT e foi bem avaliado pelos comentaristas da emissora.

"Nas cinzas da Ambição", trouxe a batalha entre o Brasil e as tropas de Solano López. (Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)
"Nas cinzas da Ambição", trouxe a batalha entre o Brasil e as tropas de Solano López. (Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)

Na comissão de frente, “Tatu Canastra – A busca pelo progresso”. Uma alusão à busca pelas sandálias de Frei Mariano, uma das lendas corumbaense. Na composição do abre-alas, a “sinfonia da natureza”, que contou a relação do homem com a riqueza pantaneira.

Com o tema “transformação e ecletismo”, o segundo carro destacou o conjunto arquitetônico e falou sobre a população estrangeira na cidade. Inspirado no filme “Piratas do Caribe”, o terceiro carro, "Nas cinzas da Ambição", trouxe a batalha entre o Brasil e as tropas de Solano López, na sangrenta guerra do Paraguai. Caveiras e canhões eram parte da fantasia.

Última alegoria fez um apelo à preservação ambiental.(Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)
Última alegoria fez um apelo à preservação ambiental.(Foto: Ary Delgado/Jornal SRDZ-Carnaval)

A lenda do minhocão veio com força no quarto carro que teve como tema “Os Brasis do Brasil – A diversidade Cultural”. Já a última alegoria, “Vale a pena preservar” fez um apelo à preservação ambiental.

O “Mar de Xaráes”, outra lenda da cidade branca, foi representado pela ala das baianas. Artesanato local, atividade pesqueira e econômica, os cururueiros e até o banho de São João também foram relembrados.

“Gaviões Caramujeiro” foi o tema da fantasia da bateria, que entrou na avenida com o uniforme oficial de Forte Coimbra e adereços da ave pantaneira.

O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT), desfilou junto com o presidente da escola, Reginaldo Gomes e o presidente da Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá), Zezinho Martinez.

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