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Diversão

Show do RPM faz juventude voltar dos pés à cabeça ao som de "Alvorada Voraz"

Ângela Kempfer e Anny Malagolini | 09/08/2013 06:00
Paulo Ricardo e a banda que foi recordista em venda de discos no Brasil.
Paulo Ricardo e a banda que foi recordista em venda de discos no Brasil.

Desde o primeiro disco, lançado em 1985, muita coisa aconteceu na vida dos fãs que iam à loucura com o RPM. Então, é inevitável ver para quem vive na casa dos 40 dar “bafão” em noite de reencontro com uma das bandas de maior vendagem de todos os tempos no Brasil.

Ontem, durante show no Festival do Sobá, o que se via era a turma dos anos 80 pulando, gritando, seguindo o vocalista Paulo Ricardo com o mesmo entusiasmo de décadas passadas. “Paulo Ricardo continua lindo, não tem como não ficar besta olhando”, reforça Elisandra farias, de 32 anos.

Sandra dos Santos Nascimento, de 40 anos, gritou tanto o nome do líder do RPM que acabou ficando “sem marido”. “Ele ficou bravo, mas eu disse: 'Ei é o Paulo Ricardo’. Acabei aqui sozinha”, conta animadíssima, apesar do esposo estar do outro lado da plateia.

Mesmo enfrentando sozinha um show lotado, Sandra diz estar radiante. “Estou feliz porque lembro da vida e percebo que fiz tudo certo. Não me arrependo de nada”, comenta inspirada a mãe de 3 meninas.

A funcionária pública Ana Cláudia Godói, de 47 anos, era o tipo de fã que fazia álbuns, pendurava pôster, colecionava vinis. Hoje, diz que tem apenas um DVD da banda. “Para mim, isso aqui é rock”, resume.

Pedro tira fotos do show ao lado da mãe Lucélia, fã do RPM.
Pedro tira fotos do show ao lado da mãe Lucélia, fã do RPM.

Os flashes da juventude, dos 15, 16, 17 anos, começam já nos primeiros versos de Alvoradas Voraz, praticamente um hino da legião pop que durante anos cantou RPM nas festinhas com os amigos.

Era um tempo de poucas boates em Campo Grande e reuniões mais em casas de amigos. Mas “Olhar 43” ainda é coisa de levar pai de família ao delírio. Nelson Ski, de 48 anos, lembra que foi ao primeiro show da banda aos 17 anos, em Balneário Camburiú, onde morada naquela época.

Ainda não conhecia a esposa Lucélia Marin, hoje com 48 anos, nem pensava em ter os filhos Pedro, de 12, e Natália, de 17. Por isso, pouco pode comentar sobre o que aprontou naquela noite de RPM, há 25 anos. “Só posso dizer que lembro da praia”, brinca, sob o olhar da mulher.

A família inteira foi ao show ontem na Feira Central, com prazer, diz Natália, que viu Paulo Ricardo pela primeira vez, ao vivo, na mesma idade em que o pai conheceu a banda. “Agradeço ao meu pai porque ele que me apresentou as músicas. Se não fosse ele, hoje ia ouvir só que as minhas amigas ouvem: sertanejo”.

Público lotou show na Feira Central.
Público lotou show na Feira Central.

Matando a saudade - Em 2013, o PM comemora 30 anos de carreira e lança novo DVD gravado ao vivo. A formação é a segunda, sem o primeiro baterista (Charles Gavin), mas é a clássica, que em 85 fez o grupo estourar. Tem o baixista e vocalista Paulo Ricardo, o tecladista Luiz Schiavon, o guitarrista Fernando Deluqui e o baterista Paulo “PA” Pagni.

Quem não foi, perdeu o repertório de maiores sucessos da primeira fase do grupo, como “Revoluções por Minuto”, “Rádio Pirata” e “Loiras Geladas”.

O disco “Rádio Pirata – ao vivo”, com aquela capa preta que exibia a banda no palco, chegou à marca de 2,5 milhões de cópias vendidas, um dos mais vendidos da história da indústria fonográfica brasileira.

Por três vezes a banda já se separou, Paulo Ricardo tentou a carreira solo, mas em 2011 o grupo voltou a tocar junto e lançou o CD duplo “Elektra”. O principal sucesso da fase recente é a música tema do Big Brother Brasil, infelizmente.

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