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Com aumento de casos no verão, saiba como evitar a conjuntivite

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil | 27/01/2018 17:49
Médicos recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar. (Foto: Agência Brasil)
Médicos recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar. (Foto: Agência Brasil)

No verão, uma das doenças que tem aumento no número de casos é a conjuntivite, infecção que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho.

A mais comum é a causada por vírus, que é mais resistente, circulando com mais facilidade no ar por causa das altas temperaturas e umidade nesta época do ano e também em ambientes fechados.

“A gente pega mais fácil por contato direto. Se a pessoa coloca a mão no olho, dá a mão para outra pessoa, aí acaba pegando a conjuntivite. Mas pode pegar até pelo ar”, disse a integrante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristina Dantas. Piscinas são grandes focos de contaminação.

Aumento de casos - Em Caldas Novas, cidade turística de Goiás conhecida pelos clubes e piscinas de águas termais, registrou alta de casos da doença neste início de ano. O coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, José Custódio Neto, estima aumento em torno de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.

O coordenador informou que estão sendo feitas notificações e coleta de material junto com técnicos do Ministério da Saúde para verificar se os casos são virais ou causados por bactérias.

Além dos fatores climáticos, o movimento nos parques aquáticos cresceram 30% em comparação ao ano passado. “Mais gente aglomerada junta nos parques aquáticos, mais crianças”, alerta Custódio.

Em Corumbá (MS), a cidade já registrou 378 casos, contra menos de 100 em janeiro de 2017. O período chuvoso, somado à maior aglomeração por causa das férias e à má higiene, podem ter provocado esse surto, segundo o secretário Municipal de Saúde, Rogério Leite.

Pelas redes sociais, a secretaria alerta a população sobre quais providências devem ser tomadas e servidores das unidades de saúde foram capacitados. “Os casos que os médicos da ponta não conseguem resolver são direcionados aos nossos especialistas”, disse Leite, acrescentando que o ápice do surto ocorreu há duas semanas.

Saiba mais sobre a conjuntivite:

 - O que é a doença?

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e também o interior das pálpebras. Pode ser alérgica, viral ou bacteriana. Nos dois últimos casos, é contagiosa.

 - Quais são os sintomas ?

Coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada.

A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.

 - Como é o contágio?

A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro.

A viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame oftalmológico.

A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só, com secreção mais amarelada ou esverdeada.

 - Como evitar?

Evite coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência.

Quem estiver doente deve lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.

 - Como é o tratamento?

No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica Cristina Dantas recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar.

Para a bacteriana, o tratamento é com colírio antibiótico. É recomendado lavar os olhos e fazer compressas de água gelada, filtrada e fervida, ou soro fisiológico. Nos casos mais graves, a córnea pode ser perfurada.

A conjuntivite alérgica é tratada com colírio antialérgico. No caso das crianças, a médica alerta para necessidade do tratamento, pois as chances de uma úlcera ou ferida na córnea são maiores.

Sempre procure um oftalmologista para o diagnóstico correto.

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