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Há 19 anos na área, nutricionista é categórica: não existe “gordinho saudável”

Elverson Cardozo | 17/03/2014 06:35
Formada há 14 anos, pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, Andreza acompanha pré e pós-operatório de pacientes obesos mórbidos. (Foto: Marcos Ermínio)
Formada há 14 anos, pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, Andreza acompanha pré e pós-operatório de pacientes obesos mórbidos. (Foto: Marcos Ermínio)

Dezenove anos de profissão e a experiência na área dão à nutricionista Andreza Campos Signorelli Alves, de 44 anos, segurança para dizer, com todas as letras, que não existe gordinho saudável. “Algum problema ele vai ter”, afirma a profissional que, há 14 anos, integra uma equipe de cirurgia contra obesidade em Campo Grande e, portanto, vê de perto, a luta de muita gente contra a balança.

O “puxão de orelha”, que inclui até quem está na linha do sobrepeso, é um alerta aos obesos, que precisam ter isso em mente e não podem se enganar, afinal de contas, a obesidade, salientou, é uma doença crônica incurável, crescente, que vem adquirindo proporções epidêmicas.

Buscar ajuda é o primeiro passo para um tratamento onde o sucesso depende da persistência e, acima de tudo, da parceria entre médico e paciente. Avaliar o currículo do profissional e pedir indicações antes de entrar na sala é de extrema importância.

Membro da SBCB (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) e especialista e nutrição clínica, Andreza trabalha em cima de patologias, cuidando de pacientes doentes, como diabéticos, hipertensos, obesos mórbidos, entre outros. “O foco não é só emagrecer, mas promover saúde”, explica.

Nutricionista utiliza o aparelho de bioimpedância. (Foto: Marcos Ermínio)
Nutricionista utiliza o aparelho de bioimpedância. (Foto: Marcos Ermínio)

A diferença, no caso dela, começa na abordagem, na entrevista, que contempla o histórico da pessoa, na solicitação e interpretação de exames clínicos e até na metodologia. Andreza não utiliza o IMC (Índice de Massa Corporal) em suas avaliações.

Nas palavras dela, esse não é o melhor método, apesar de ainda ser muito utilizado. “Não contempla os atletas ou as pessoas que, por acaso, tenham inchaço. Ele classifica um paciente atleta como obeso, por conta da massa magra”, justifica, ao comentar que, no consultório, faz uso o aparelho de bioimpedância, um dos mais modernos da categoria.

Enquanto o IMC fornece um índice geral, com base no peso e altura, o cálculo pela bioimpedância, explicou, leva em conta a quantidade de músculos, água, gordura, osso e até pele do paciente.

“É um dos melhores e mais completos métodos de avaliação nutricional corporal”, comenta. Mas nada disso, nem um “cardápio poderoso”, é capaz de fazer uma pessoa emagrecer se ela também não se ajudar. Vale reforçar, então, o que todo nutricionista diz: Só dieta não resolve.

“Você emagrece por até um, dois meses, mas depois o organismo se acostuma. É o efeito platô. Pelo menos uma caminhada tem que fazer”, orienta.

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