Há 7 anos, mãe faz kombucha para a filha no lugar do refrigerante comum
Refrigerante natural nasceu para controlar diabetes da mãe, mas Eloá virou fã da bebida
Elizângela Santos Costa, 46 anos, lembra de cada detalhe do momento em que a kombucha entrou na vida dela e de como isso mudou todos os planos de futuro que ela tinha. Com diabetes tipo II, há 7 anos ela descobriu na bebida a substituição dos refrigerantes industrializados na rotina. A filha, Eloá, gostou tanto que ela nunca mais parou de fazer.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O gosto foi grande e, anos depois das primeiras tentativas, Elizângela resolveu fazer as bebidas para vender nas feiras pela cidade. A marca ganhou o nome da pequena, fã número 1 da mãe. Quem apresentou a bebida foi a nutricionista. O objetivo era controlar a glicemia no sangue e ainda tomar algo que faria bem para o organismo.
“Isso mudou minha vida, é minha terapia, gosto muito e adoro quando a pessoa pergunta e eu explico sobre. Eu sou muito apaixonada pela fermentação e pela kombucha", comenta.
A produção era apenas para o uso da família, mas quando a pandemia de covid-19 começou, Elizângela viu a chance para estudar sobre e melhorar a técnica.
“Minha nutricionista me ensinou conforme ela aprendeu, claro... e eu me apaixonei por todo o processo e por todo benefício que essa bebida poderia trazer, não só para minha saúde, como para minha família. As primeiras produções eram tão ruins que a única que sempre gostava era a Eloá. Ela dizia que estava uma delícia, mesmo eu sabendo que não estava.”
No cardápio de sabores estão maracujá, fada azul com gengibre, morango com hibisco, maçã com canela, laranja com cenoura, abacaxi com hortelã e beterraba. Cada garrafa carrega cuidado, paciência e carinho feitos.
“Me especializei e, em 2023, consegui uma análise técnica da nossa kombucha que me trouxe mais certeza de que estava no caminho certo para melhorar essa bebida. Hoje faz parte da minha vida e dos meus sonhos. Nunca desisti.”
A ideia de levar a kombucha para a feira surgiu por incentivo de uma amiga, mas a insegurança quase venceu.
“Ela falava que o pessoal tinha que conhecer, tive medo porque nunca tinha feito. Sou muito grata porque muita gente conheceu. Muita gente acha que é remédio. Agora só estou na feira Borogodó, vendo as garrafinhas de R$14,00 de 300 ml.” Cada detalhe importa e ela fala com orgulho sobre o processo de fermentação.
“A fermentação das minhas kombuchas é natural. Todos os passos que faço são assim. O que vai determinar o gás é a quantidade de açúcar. Eu coloco pouco açúcar, depois não adiciono mais porque faço ela para o meu uso, principalmente porque tenho diabetes. Tem gente que adiciona a segunda fermentação para pegar gás mais rápido. Algumas frutas mais doces acabam ficando naturalmente mais adoçadas.”
O caminho de Elizângela não foi simples. Antes de se aventurar, ela atuou como cozinheira, trabalhou na área por quatro anos, depois se afastou para a maternidade e entrou na área de seguros. Antes disso, ela já mexeu até com floricultura. Mas segundo ela, foi a kombucha trouxe sentido, propósito e alegria.
“Quem mais procura são pessoas que querem uma bebida mais saudável. É no scoby que tem as bactérias que fermentam a kombucha. Desde 2019 mexo e estudei muito para conseguir, para não contaminar ela. Eu só uso utensílios para ela, tem vual para tampar. Os cursos me ajudaram. Eu só uso água mineral para fazer. Água não pode ter resíduo de cloro.”
“Vou montar uma fábrica futuramente. Descobri a diabetes antes da minha filha. Tinha 34 anos e só fui engravidar em 2015, depois de dois anos de tratamento. A kombucha entrou na minha vida e mudou a forma como cuido de mim e dos que amo”, conta.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.