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Sabor

Pão com ovo a R$ 2,37 vira curiosidade nos corredores da UFMS

O café de R$ 1,42 e o salgado de R$ 2,66 também intrigam quem não entende o porquê dos valores "quebrados".

Thailla Torres | 08/02/2019 08:02
Preços 'picados' intrigaram alguns alunos e banner foi compartilhado via WhatsApp. (Foto: Kísie Ainoã)
Preços 'picados' intrigaram alguns alunos e banner foi compartilhado via WhatsApp. (Foto: Kísie Ainoã)

Os valores de uma lanchonete na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) tem levantado questionamentos nas redes sociais. No comércio, os preços dos produtos marcam valores “picados”, deixando dúvidas sobre como pagar o centavo cobrado.

Um café, por exemplo, custa R$ 1,42 e o pão com ovo sai a R$ 2,37. Valores que, na verdade, não geram transtornos, nem para os clientes, tão pouco para a proprietária. Mas quando a dúvida chega, ela coloca no balcão os papéis que justificam os preços.

Maiara guarda todos os papéis para tirar dúvidas quando alguém questiona. (Foto: Kísie Ainoã)
Maiara guarda todos os papéis para tirar dúvidas quando alguém questiona. (Foto: Kísie Ainoã)

Em meio a uma batalha para concorrer a concessão da lanchonete por um ano, Maiara Inez, de 29 anos, explica que os valores foram uma solução para vencer a concorrência pública em uma licitação, que dava o direito de assumir as vendas dentro da instituição. “Como você tem que cobrir o preço do concorrente você tem que dar números quebrados. E esses valores tem que permanecer durante o ano todo, não posso mudar”, explica a proprietária que ganhou concessão em dois espaços da universidade.

O processo para conseguir o espaço não é fácil, exige uma série de documentações que Maiara leva com ela todos os dias. “Quando alguém tem dúvidas eu mostro e explico, sem nenhum problema”.

Na hora do pagamento em dinheiro, um produto que custa R$ 1,42 acaba saindo por R$ 1,40, por exemplo. “A gente sempre arredonda para o valor menor, não cobramos o valor quebrado se o pagamento for em dinheiro”, pontua.

O trabalho na lanchonete é herança de família que alcança a quarta geração. “Meu bisavó, avô e mãe são comerciantes. Minha mãe também sempre trabalhou com vendas desse tipo e acabei seguindo o caminho”, conta Maiara.

O trabalho na universidade começa às 6h30 e termina às 21h. Na lanchonete ela vende salgados, refrigerantes, sucos, doces e cachorro quente. Mas os preços que geram curiosidade são, principalmente, do café e pão com ovo.

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