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Sabor

Rua da Divisão vira "Afonso Pena" da periferia, até com bar temático no Parati

Anny Malagolini | 16/12/2013 06:57
A avenida se tornou atrativo na região para quem quer comer (Foto: João Garrigó)
A avenida se tornou atrativo na região para quem quer comer (Foto: João Garrigó)

A rua da Divisão fica bem longe do Centro de Campo Grande, por isso virou porto seguro na hora da fome para quem vive na região dos bairros Guanandi, Parati e Aero Rancho da Divisão. As opções são convencionais, mas tem de um tudo, do espetinho aos lanches, sobá, pizzas, incluindo batata recheada.

Há 14 anos, no bairro Parati, Orlando Riquelme vendia espetinhos na calçada de casa, mas a clientela cresceu e o jeito foi ampliar o negócio. Há seis anos definiu como novo ponto a avenida da Divisão, que na época nem asfalto tinha. “Pensei que seria um ponto estratégico, já imaginava que aqui seria local de grande movimento”, diz o empresário de 63 anos.

Orlando foi açougueiro e no antigo oficio aprendeu os segredos da carne, mas não dá dicas e prefere falar só na base do clichê. “O amor é a grande diferença.” Com o fluxo na rua, a concorrência também aumentou e o espetinho tradicional ganhou versões, como o medalhão com bacon.

O churrasquinho do Orlando é o mais famoso da região e custa a partir de R$13,00, com o pacuzinho. O medalhão de carne e frango saem por R$ 15,00, receitas que segundo ele são criações próprias, já copiadas pelos vizinhos.

O preço da cerveja não está distante do que é cobrado na área central, por exemplo. A garrafa de 600ml de marca popular custa a partir de R$ 6,00. O local funciona de segunda a domingo, a partir das 18 horas.

Temático - Mas a frente, outro restaurante era para ser aberto no Carandá Bosque, mas o movimento chamou a atenção do empresário Alex Jhonny Palheto, de 34 anos, que largou a área nobre e apostou na periferia. Abriu então o“Texas Espetos Grill”.

“Parece uma avenida Afonso Pena” comenta. Ele tem tanta certeza disso que criou até um bar temático, com decoração rústica feitas com cordas, eucaliptos e berrantes. Também é o único com música ao vivo. O capricho com a decoração nem sempre é positivo, lembra. “Passam, olham e não entram, pensam que é caro”. Mas os negócios vão bem e a ampliação também foi necessária, apesar do pouco tempo.

Os espetinhos custam a partir de R$ 9,00, com carne, bacon e legumes. Tem churrasco feito com ponta de costela, por R$ 13,00, medalhão de carne com bacon, que custa R$ 14,00, e o prato mais caro, a picanha, que custa R$ 28,00. Todos vem acompanhados de arroz, mandioca, vinagrete e molho de alho.

Orlando e os espetinhos que criou, em medalhão  (Foto: João Garrigó)
Orlando e os espetinhos que criou, em medalhão (Foto: João Garrigó)
Casa de espetinhos Texas foi aberta há três meses (Foto: João Garrigó)
Casa de espetinhos Texas foi aberta há três meses (Foto: João Garrigó)

Hamburguer - Na região há cinco anos, a lanchonete “Elvis” chama atenção pela quantidade de gente. São 14 funcionários para atender as 33 mesas que ficam espalhadas pela calçada. Como é em bairro, a fiscalização não pega no pé, e um dos hábitos favoritos do campo-grandense ainda é permitido.

O cardápio tem lanches tradicionais com nomes diferentes, como o X Piu-Piu, que leva frango no recheio, ou o Bombadão, conhecido como “X Tudo”. Mas é o cachorro-quente, de R$ 3,50 o “queridinho” dos clientes. “Por dia chegamos a vender 200”, comenta o gerente Fábio Oliveira Amarante, de 30 anos.

A lanchonete funciona das 18 às 23h30, e não abre apenas na quarta-feira. Fábio conta que antes de definir a rua da Divisão como ponto, a lanchonete era itinerante, até que ele sugeriu ao proprietário que abrisse um ponto na rua.

Há três anos, o casal Marco Antônio, de 30 anos e a esposa Luana Cabanha, de 30 anos, vão a lanchonete e o pedido quase sempre não foge ao cachorro-quente. “O molho é diferente”, justifica Marco. E a esposa se impressiona “Aqui fica lotado e mesmo assim o lanche não demora”, comenta.

Pizza - Cleunice Oliveira, de 41 anos, é proprietária de uma das principais pizzarias da avenida, a "Dom Pietro". Ela conta que há sete anos trocou a região central, onde tinha um restaurante na rua Belizário Lima. “Era um sonho ter uma pizzaria e vi aqui algo grande”, explica a escolha.

O sonho deu certo, e a pizzaria chega a ter fila de espera, garante. “Tento fazer um rodizio constante de clientes”, explica a tática para não perder o público que frequenta. Os valores não fogem do padrão. A pizza de tamanho grande custa de R$ 23 a R$ 32,00, e também há comida italiana.

Colorido cachorro-quente do Elvis custa R$ 3,50 (Foto: João Garrigó)
Colorido cachorro-quente do Elvis custa R$ 3,50 (Foto: João Garrigó)
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