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Lado Rural

Iagro e associação de orgânicos firmam parceria para mapear gado no Pantanal

Com mais de 1,8 milhão de cabeças, o município de Corumbá é detentor do maior rebanho bovino de MS

Por José Roberto dos Santos | 13/03/2024 14:25
Peões conduzem boiada por regiões alagadas do Pantanal; pecuária convive em harmonia com o bioma há mais de 200 anos. (Foto: Divulgação/Fundtur-MS)
Peões conduzem boiada por regiões alagadas do Pantanal; pecuária convive em harmonia com o bioma há mais de 200 anos. (Foto: Divulgação/Fundtur-MS)

A Iagro-MS (Agência de Defesa Sanitária Vegetal e Animal) e a ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável) firmaram uma parceria de cooperação técnica para subsidiar e direcionar ações estratégicas a fim de coletar dados e informações sobre o rebanho sul-mato-grossense na região do Pantanal. A iniciativa visa fomentar a pecuária de corte no bioma.

O prazo da parceria, publicada nesta quarta-feira, 13, no Diário Oficial do Estado, é de 36 meses.

O Bioma Pantanal ocupa aproximadamente 2% do território nacional. No Mato Grosso do Sul ocupa uma área de aproximadamente 9,73 milhões de hectares, ou seja, aproximadamente 64% da área total do Bioma está localizada no estado, correspondendo ainda a 27% do território estadual.

A pecuária de cria é uma atividade de ciclo longo, onde desde a prenhez das matrizes até a desmama dos bezerros são aproximadamente 18 meses. Por estes motivos, criar soluções, ferramentas e condições para que o produtor rural permaneça nessa atividade são fundamentais para a sustentabilidade da economia no Pantanal. A pecuária convive em harmonia com o bioma há mais de 200 anos.

O município do bioma com maior quantidade de bovinos é Corumbá, onde o perfil do rebanho em 2022 foi dividido em: 0 a 12 meses (20,27%); 13 a 24 meses (15,75%); 25 a 36 meses (13,33%) e +36 meses (50,56%) sendo o município com maior proporção de animais com mais de 36 meses no Estado.

De acordo com o boletim Casa Rural, existe oscilação no rebanho total do Pantanal entre os anos de 2014 e 2023, entretanto Corumbá sempre teve a maior participação no rebanho total, representando em mais de 60% do total, mostrando sua importância dentro do bioma. A oscilação nos últimos 11 anos no rebanho total do Pantanal foi de 1,46%, porém quando olhamos por município, o de maior crescimento de rebanho foi Porto Murtinho e quem mais diminuiu foi Miranda.

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Perfil da pecuária corumbaense

Com 1,8 milhão de cabeças, o município de Corumbá é detentor do maior rebanho bovino de Mato Grosso do Sul e o segundo município do Brasil com maior número de cabeças de gado. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), referente a 2022.

Segundo o Boletim Casa Rural Sigabov, do Sistema Famasul, Corumbá e o principal fornecedor de animais de 0 a 12 meses dentro de MS. A importância deste celeiro de bezerros não é apenas restrito ao MS, outros estados recebem bezerros gerados em Corumbá, como SP e MT.

Carne orgânica do Pantanal

Criado em 2018 pela ABPO com o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e demais entidades do setor, o Programa Carne Sustentável do Pantanal oferece benefícios e reduções de custos aos produtores que escolhem a criação de animais orgânicos ou sustentáveis, baseados em um protocolo e sujeitos à certificação por empresa certificada.

Os produtores que aderem ao sistema precisam incorporar práticas específicas em suas operações, como ajustar a densidade do pasto para evitar compactação, perda de nutrientes e desequilíbrio do solo. Além disso, devem utilizar pastagens nativas do Pantanal em suas propriedades e empreender na preservação dos recursos hídricos, bem como a recuperação de áreas degradadas.

Em 2023 mais produtores aderiram à produção de carne sustentável e orgânica no Pantanal em 2023. O número já ultrapassa os 120 produtores. Dado que representa 30% a mais do que no ano anterior. Os abates naquele ano chegaram a 130 mil animais, 66% maior que no ano anterior.

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