MS recebe certificado internacional de área livre da aftosa sem vacinação
Status foi reconhecido hoje em evento em Paris, sinalizando ampliação de mercados consumidores

Mato Grosso do Sul recebeu hoje o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação, durante 92ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris. Um grupo de autoridades e servidores da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) foi à capital francesa para o evento.
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Mato Grosso do Sul recebeu o certificado internacional de área livre de febre aftosa durante a 92ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris. O reconhecimento, considerado um marco histórico, deve ampliar mercados para a carne produzida no estado. A conquista foi resultado de esforços sanitários iniciados em 2005, com investimentos de R$ 543 milhões desde 2018. O secretário Jaime Verruck destacou a excelência da pecuária sul-mato-grossense e a suspensão da vacinação de rebanhos em 2023. Além de Mato Grosso do Sul, outros 20 estados e o Distrito Federal também obtiveram o status sanitário. A certificação reforça a qualidade da carne brasileira, após questionamentos recentes que levaram autoridades a buscar investigações na Europa.
O secretário, Jaime Verruck, liderou o grupo, que teve ainda o secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável, Rogério Beretta, do diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal) Daniel Ingold, técnicos, a senadora Tereza Cristina (PP), o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, e o deputado estadual Paulo Corrêa.
Verruck considerou um marco histórico o reconhecimento. “Isso representa um patamar para a pecuária sul-mato-grossense, que ja era de excelência de qualidade mas que agora atinge novo status”. Ele já havia postado um vídeo em frente à Torre Eiffel afirmando que um churrasco seria servido perto do principal atrativo para enaltecer a carne produzida no Estado.
O momento seria um desagravo, já que a qualidade da carne nacional chegou a ser questionada, o que levou Tereza e Bertoni a irem à Bruxelas, na Bélgica, essa semana, na sede da Comunidade Europeia, pedir investigação de quatro empresas, incluindo o Carrefour, por falarem mal do produto.
Além de Mato Grosso do Sul, outros 20 estados brasileiros e o Distrito Federal também receberam o status sanitário, que até então estava restrito a Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso.
Verruck lembrou que em 2005 foi registrada a presença da doença e houve, desde então, um esforço concentrado em medidas sanitárias. Em seu vídeo, ele apontou que agora há reconhecimento de que MS “efetivamente cumpriu todo seu trabalho, com participação efetiva dos setores público e privado”. Em 2001 o Estado teve o reconhecimento nacional pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e em 2023 foi definida a suspensão da vacinação de rebanho, diante da ausência de casos.
“Nos últimos dois anos, suspendemos a vacinação e seguimos todos os protocolos internacionais. Agora, com o reconhecimento oficial da OMSA, abrimos uma nova etapa para o Estado, tanto do ponto de vista da sanidade animal quanto da ampliação de mercados”, considerou o secretário esta manhã.
O Governo divulgou que investiu R$ 543 milhões desde 2018 para aperfeiçoar os mecanismos de controle da saúde animal, ampliando efetivo de pessoal, outros R$ 243 milhões para manutenção do staus de área livre. Na infraestrutura, foram R$ 22 milhões em veículos para percorrer o Estado e outros R$ 65 milhões em aperfeiçoamento do sistema eSaniagro.