Produtores de mandioca em MS poderão vender fécula e farinha ao governo federal
Conab comprará até 6,8 mil toneladas de derivados da raiz em 2025, com limite individual por produtor

Produtores e produtoras de farinha e fécula de mandioca de Mato Grosso do Sul poderão vender seus produtos diretamente ao Governo Federal. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) foi autorizada a adquirir até 3 mil toneladas de fécula e 3,8 mil toneladas de farinha da safra de 2025, com recursos que somam R$ 20 milhões.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Governo Federal comprará mandioca de produtores de MS para garantir preço mínimo. A Conab adquirirá até 3 mil toneladas de fécula e 3,8 mil toneladas de farinha da safra de 2025, totalizando R$ 20 milhões em recursos. A medida visa proteger os agricultores da queda nos preços da mandioca. Cada produtor poderá vender até 105 toneladas de farinha e 90 toneladas de fécula, desde que os produtos atendam aos padrões de qualidade da Conab. Para participar, é necessário cadastro no Sican e contato com a Conab. A iniciativa busca recompor estoques públicos e apoiar o setor agrícola, beneficiando também Paraná e São Paulo, grandes produtores de mandioca e fécula.
O objetivo é garantir que os produtores rurais recebam, no mínimo, o valor estipulado como preço mínimo pelo governo, evitando que comercializem seus produtos abaixo do custo de produção, cenário atual em parte da região Centro-Sul do país.
Segundo a Conab, cada produtor poderá vender até 105 toneladas de farinha (equivalente a 2.100 sacas de 50 kg) e até 90 toneladas de fécula (3.600 sacas de 25 kg). Os produtos precisam atender aos padrões de qualidade exigidos pela companhia e serão armazenados em unidades próprias ou credenciadas.
Para participar da operação, os produtores devem estar cadastrados no Sican (Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais) e procurar a regional da Conab em seus respectivos estados para receber as orientações e preencher a documentação necessária.
A operação faz parte do esforço do Governo Federal para recompor estoques públicos e apoiar o setor agrícola, especialmente em um momento de queda nos preços da mandioca e seus derivados. A baixa nos valores é explicada por fatores como o aumento da oferta da raiz, motivado pela necessidade dos produtores em liberar áreas para arrendamento, e pelos altos estoques industriais.
A medida foi viabilizada por decisão conjunta dos Mapa (Ministérios da Agricultura e Pecuária) e do MDA (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), e beneficia também os estados do Paraná e São Paulo, que concentram cerca de um terço da produção nacional da raiz e respondem por 95,3% da capacidade de produção de fécula no país.