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Meio Ambiente

Além da beleza: em 2 anos, Bioparque foi berço para reprodução de 63 espécies

Estrutura icônica já é nosso cartão-postal e local de experiências marcantes para quem visita

Por Kamila Alcântara e Geniffer Valeriano | 26/03/2024 06:15
Toda a estrutura do Bioparque encanta os visitantes (Foto: Henrique Kawaminami)
Toda a estrutura do Bioparque encanta os visitantes (Foto: Henrique Kawaminami)

De peixes a serpentes, Bioparque Pantanal completa 2 anos de abertura sendo referência em pesquisas voltadas à fauna local e principal atrativo turístico de aprendizado de Mato Grosso do Sul. De 28 de março de 2022 até aqui, tecnologias foram empregadas, animais se reproduziram e multiplicaram, estudantes foram impactados com as belezas naturais que ainda não conheciam, artistas e autoridades de todo Brasil já conhecem o nosso cartão-postal.

Focados no trabalho de conservação, a equipe do complexo deu preferência ao manejo de animais ameaçados ou com potencial ameaça de extinção, conseguindo registrar 63 reproduções de espécies, sendo 14 delas inéditas no mundo. Hoje, são 220 categorias, totalizando 12,5 mil animais abrigados no Bioparque, com a meta de chegar a 42 mil.

Essa variedade de espécies chama atenção de turistas de todo o mundo, como explica a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda. "A gente já teve representantes de mais de 129 países. Isso mostra que estamos indo além das fronteiras. Está sendo visto não só em nível de Brasil, mas também fora e se tornou uma referência mesmo. Não tem mais como vim a Campo Grande e não visitar o Bioparque. Eu vejo o Bioparque hoje como o Cristo Redentor é para o Rio de Janeiro", defende Maria Fernanda.

Diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda, destaca a importância científica do maior aquário de água doce (Foto: Henrique Kawaminami)
Diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda, destaca a importância científica do maior aquário de água doce (Foto: Henrique Kawaminami)

Pelo complexo já foram recebidos trabalhos de equipes multidisciplinares de professores, biólogos, artes e pedagogos. Pelos corredores de vidros ultrarresistentes passaram mais de 69 mil alunos de 1,2 mil visitas escolares, sem contar as pessoas que fizeram agendamentos espontâneos ou contemplaram o espaço por eventos institucionais que aconteceram no auditório principal.

"Nós plantamos a sementinha da sensibilização e da conscientização ambiental, trouxemos inovações no âmbito da inclusão, ampliamos o projeto para todos iguais na diferença. Fizemos do Bioparque realmente um lugar de encontro de pessoas independente de característica física, de religião, de cor de raça, de situação socioeconômica. É um ambiente para todos, preparado e cuidado para todos para que a gente possa abarcar pluralidades e singularidades", completa a diretora.

Olhando para o futuro da conservação ambiental, o próximo desafio da equipe de pesquisa do Bioparque é levar todo conhecimento, adquirido na etapa pré-inauguração e de dois anos de funcionamento, para mais lugares de Mato Grosso do Sul e, quem sabe, do Brasil. "A gente está levando isso para outros lugares para fazer povoamentos em locais que já têm eventual dano ambiental. Um exemplo é que antes a gente comprava rações comercializadas, mas hoje estamos criando a nossa, fabricando as nossas rações com um alimento mais sustentável", destaca.

Visitar o Bioparque é uma aventura sensorial, com expositores tecnológicos (Foto: Henrique Kawaminami)
Visitar o Bioparque é uma aventura sensorial, com expositores tecnológicos (Foto: Henrique Kawaminami)

Para quem mora em Campo Grande, qualquer oportunidade deve ser aproveitada para visitar o Bioparque. É o caso da assistente administrativa Lilian Duarte, de 27 anos, que conheceu o espaço na inauguração, voltou na semana passada e já planeja a próxima ida. "É a segunda vez que venho e este ano estou achando ainda mais moderno, tecnológico. Acredito que, se pudesse dar uma sugestão, só faltam exemplares de aves vivas para quem é de fora conhecer", observa a visitante.

Magali Carvalho, 40 anos, nutricionista, visitou o parque pela primeira vez agora e saiu impressionada. "Achei tudo muito interessante, a estrutura como um todo. É uma experiência sensacional, pois é o principal ponto turístico da cidade e que transmite tantas sensações. Penso que não temos praia, mas temos o Bioparque", disse.

Em comemoração aos dois anos de funcionamento do maior aquário de água doce do mundo, começa hoje e vai até o dia 28 a II Jornada de Pesquisas e Tecnologias, com o tema “Bioparque Pantanal: Além das águas”. Com a participação de importantes nomes, o evento é gratuito e está com inscrições abertas pelo site da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul. Para se inscrever é preciso acessar o link clicando aqui. 

Entre os palestrantes estão o professor Dr. Jansen Zuanon, pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Dra. Neiva Guedes, presidente do Instituto Arara Azul, e o Dr. Leandro Melo de Sousa, professor da Universidade Federal do Pará.

Visitantes conseguem ter contato com todas as espécies expostas no ambiente (Foto: Henrique Kawaminami)
Visitantes conseguem ter contato com todas as espécies expostas no ambiente (Foto: Henrique Kawaminami)

A jornada é um evento técnico-científico que tem como objetivo integrar diferentes profissionais e instituições parceiras no meio científico, por meio do intercâmbio de conhecimento obtido com o desenvolvimento da pesquisa científica, conservação, inclusão, inovação, educação ambiental, turismo e a valorização da cultura sul-mato-grossense, pantaneira e brasileira.

Bioparque Pantanal - É o maior aquário de água doce do mundo, com 21 mil metros quadrados de área construída, 5 milhões de litros de água e 380 espécies de animais, o espaço conta com 239 tanques, 31 de exposições, 1 de abastecimento, 1 de reúso de descarte de efluentes, 38 na quarentena e 168 voltados exclusivamente para a pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade.

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