ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Meio Ambiente

Alta velocidade é uma das causas de mortes de capivaras na BR-262

Renata Volpe Haddad | 17/07/2017 15:45
Pelo menos cinco animais foram encontrados mortos às margens da BR-262, em Campo Grande. (Foto: André Bittar)
Pelo menos cinco animais foram encontrados mortos às margens da BR-262, em Campo Grande. (Foto: André Bittar)

Capivaras mortas vítimas de atropelamento têm sido o cenário do acostamento da rodovia BR-262, em Campo Grande, próximo ao presídio federal. O relato de condutores que passam pelo local é de que nas últimas semanas houve aumento no número de animais mortos às margens da rodovia.

Leitor do Campo Grande News, Daniel Pereira Barreto, é motorista de caminhão que faz a limpeza urbana da cidade, e conta que passa pela rodovia pelo menos quatro vezes por dia, e na última semana, tem visto uma grande quantidade de capivaras mortas no acostamento. "É perto do presídio federal e do lixão. Sempre vejo elas atravessando a rodovia em grupo, mas nunca presenciei nenhum acidente", comenta.

Porém, há sempre animal morto no acostamento. "Sempre a gente vê uma ou duas capivaras mortas, mas na sexta-feira, vi pelo menos uma seis. Ali não tem radar, só uma placa informando que a velocidade é de 60 quilômetros, mas ninguém respeita". 

Na última sexta-feira (14), a equipe de reportagem foi ao local e contou pelo menos cinco capivaras mortas na rodovia, sendo duas que estavam jogadas no mato e três animais mortos no acostamento.

O tenente-coronel da PMA (Polícia Militar Ambiental) Edmilson Queiroz explica que o local onde as capivaras estão sendo encontradas mortas fica próximo ao rio Anhanduí, onde os animais moram. "Elas saem à noite para se movimentar ou procurar um local mais quente e são quando os acidentes acontecem", informa.

Porém, o grande problema, conforme Queiroz, é que os motoristas não diminuem a velocidade no local, onde é uma baixada. "As pessoas não diminuem a velocidade próximo de rios e córregos, onde o risco de surgir animais na pista é maior e esses atropelamentos acabam acontecendo", informa.

Caso um animal silvestre for atropelado e morrer no local do acidente, o condutor do carro precisa retirar o bicho da pista de rolamento e não pode deixar no acostamento. "Pode deixar no mato, porque no acostamento também é perigoso e causar outro acidente. É proibido carnear animal silvestre ou retirar o couro e a pessoa tomar uma multa".

Nos siga no Google Notícias