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Meio Ambiente

Após ataque de onça, blitz educativa alerta sobre a prática ilegal da ceva

Com o apoio de seis viaturas, a ação contou com distribuição de panfletos, adesivos e questionários educativos

Por Viviane Oliveira e Gabi Cenciarelli | 02/05/2025 08:06
Após ataque de onça, blitz educativa alerta sobre a prática ilegal da ceva
A BR-262 foi escolhida estrategicamente por ser rota de acesso a pesqueiros (Foto: Marcos Mauf)

Na manhã desta sexta-feira (2º), a PMA realizou uma blitz educativa no Bairro Indubrasil, saída para Terenos, na BR-262, em Campo Grande. A ação quer conscientizar motoristas sobre os riscos e a ilegalidade de alimentar animais silvestres - prática conhecida como “ceva” - e orientar a população sobre como agir ao se deparar com animais atropelados nas rodovias. O alerta foi intensificado após uma onça-pintada atacar e matar um caseiro no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

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Blitz educativa na BR-262 alerta para riscos da ceva de animais silvestres. A Polícia Militar Ambiental realizou a ação após ataque de onça-pintada que resultou na morte de um caseiro no Pantanal. Motoristas receberam panfletos e orientações sobre a prática ilegal, que configura crime ambiental. A rodovia foi escolhida por ser rota de pesqueiros, locais com maior incidência da prática. Alimentar animais silvestres causa desequilíbrio no comportamento, aumenta o risco de acidentes e pode resultar em pena de até um ano de prisão, além de multa. A PMA intensificará ações educativas em maio. Motoristas também foram orientados sobre como agir em casos de atropelamento de animais silvestres, devendo acionar a PMA imediatamente.

Com o apoio de seis viaturas, a ação contou com distribuição de panfletos, adesivos e questionários educativos voltados a turistas, pescadores e moradores da região. A prática da ceva - oferecer comida ou restos de alimento a animais nativos para atraí-los - é considerada crime ambiental e configura maus-tratos, conforme a legislação de proteção à fauna. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão, além de multa de até R$ 5 mil, a depender da espécie envolvida.

De acordo com o coronel José Carlos Rodrigues, a rodovia foi escolhida estrategicamente por ser rota de acesso a pesqueiros. “Alimentar animais silvestres é uma prática ilegal, é crime. Muitas pessoas ainda fazem isso achando que estão ajudando, mas causam desequilíbrio no comportamento dos animais e aumentam o risco de acidentes”, explicou. Ele destacou ainda que a PMA intensificará as ações de educação ambiental durante o mês de maio, com visitas a escolas, rodovias e pontos de grande circulação, como a Avenida Afonso Pena, no Parque dos Poderes.

Após ataque de onça, blitz educativa alerta sobre a prática ilegal da ceva
Policial adesivando veículo durante a ação que ocorreu na saída para Terenos (Foto: Marcos Maluf)

Moradores e condutores que passaram pelo local aprovaram a iniciativa. O vendedor Ordiley da Silva dos Reis, de 45 anos, parou espontaneamente na blitz. “A gente encontra muitos bichos no caminho. Às vezes alimenta achando que está fazendo o bem, mas está prejudicando o animal silvestre”, reconheceu.

A professora Patrícia Machado Pereira Araújo, de 36 anos, que trabalha em Terenos, ressaltou outro ponto crítico: os atropelamentos. “É um trajeto que faço todos os dias, e vejo muitos animais mortos na pista. Acho fundamental essa conscientização”, disse. O caminhoneiro Gilciomar, de 49 anos, que seguia para Miranda com a família para uma pescaria, também recebeu os materiais da campanha e elogiou a blitz. “É um trabalho importante. Tem muita gente que não sabe que alimentar animal é crime”, pontuou.

Após ataque de onça, blitz educativa alerta sobre a prática ilegal da ceva
Policiais militares durante blitz nesta manhã (Foto: Marcos Mauf)

O que fazer em caso de atropelamento – A PMA orienta que, ao atropelar ou encontrar um animal silvestre atropelado, o motorista deve acionar imediatamente a Polícia Militar Ambiental pelo telefone (67) 3357-1500. A recomendação é permanecer no local até a chegada da equipe, mesmo que o animal já esteja morto. “O trabalho inclui desde a imobilização até o transporte para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), quando o animal ainda está vivo”, destacou um dos agentes da corporação.

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