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Meio Ambiente

Capivara machucada perambula na UFMS e não é socorrida por ninguém

Mariana Lopes | 15/07/2013 17:43
Capivara sofre sem receber atendimento na UFMS (Cleber Gellio)
Capivara sofre sem receber atendimento na UFMS (Cleber Gellio)

Desde a última sexta-feira (12), uma capivara, que está com ferimentos no rosto, perambula pelos corredores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e não é socorrida por ninguém. O descaso com o animal chamou a atenção dos acadêmicos.

Na tarde de hoje, a reportagem do Campo Grande News encontrou a capivara amuada em um canto, atrás de uma obra, próxima ao corredor central da universidade. Os alunos dizem que ela fica andando, mas em passos lentos e não sai da região da obra.

Um grupo de estudantes afirma que ligou na PMA (Polícia Militar Ambiental) para pedir que fosse buscar o animal, mas não teve retorno. Os alunos denunciam, ainda, que ver capivaras machucadas andando nos corredores da instituição tem se tornado cada vez mais frequente.

Há pouco menos de dois meses, a acadêmica de Física Heloíse Calça, 22 anos, encontrou uma capivara com um ferimento no olho direito. “Parecia um tumor, estava horrível, e foi a mesma história, liguei na PMA, tentei até contato com os alunos do curso de Veterinária, para ver se havia algum projeto na UFMS para ajudar as capivaras, já que elas fazem parte da universidade, mas não tive nenhum retorno”, diz Heloíse.

A UFMS tem o Hospital de Medicina Veterinária e uma reserva ambiental. As capivaras são as principais atrações de turistas e moradores da Capital que vão ao campus ou passear no Lago do Amor.

Mais recentemente, a acadêmica de Letras Lislley Raquel Damazio, 19 anos, se deparou com outra capivara que estava com uma parte da barriga em carne viva. Novamente a história se repetiu. Os alunos fizeram a denúncia, procuraram ajuda e não tiveram. “São animais silvestres, não tem como a gente mesmo cuidar”, ressalta a estudante.

Os acadêmicos acreditam que os animais se ferem na grade que cerca a reserva da UFMS. As duas últimas capivaras que foram encontradas feridas estavam próximo ao Restaurante Universitário. Segundo os alunos, elas não foram mais vistas.

De acordo com a assessoria de imprensa da PMA, este tipo de ocorrência não é de responsabilidade da polícia ambiental, pois não configura crime ou infração. Para a PMA, a fiscalização deveria ser feita pela própria universidade, já os animais de lá fazem parte reserva particular do patrimônio natural. Ou ainda pela Semadur, que é responsável pela questão ambiental no perímetro urbano.

A reportagem tentou contato com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, mas não teve retorno nem da assessoria de imprensa.

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