Capivara morre atropelada nos altos da Afonso Pena e filhote é resgatado ferido
Maior roedor do mundo, animal é vitima do excesso de velocidade nas ruas de Campo Grande
Um animal adulto morto, vítima de atropelamento, e um "bebê capivara" deitado perto do meio-fio: esse era o cenário de quem passou na Avenida Afonso Pena, próximo ao Aquário do Pantanal, na manhã desta sexta-feira (dia 12).
Ferido, o filhote foi resgatado pela PMA (Polícia Militar Ambiental), com suspeita de fratura na coluna, e encaminhado ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) para tratamento. De acordo com a bióloga Ana Carolina França Balbino da Silva, as fêmeas costumam cuidar de todos os filhotes do grupo, independentemente de quem seja mãe.
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“É como se todas as fêmeas virassem mãe quando nasce um filhote. Então se esse filhote for devolvido para o mesmo grupo que veio, ele pode ser adotado pelas outras capivaras. Mas se for devolvido para um outro grupo, é capaz que não seja bem aceito”, afirma.
Com peso médio de 50 quilos e 60 centímetros de altura, a capivara é o maior roedor do mundo e chega a viver até 12 anos. No entanto, corre perigo nas ruas de Campo Grande devido ao abuso de velocidade dos condutores.
Na Capital, o máximo permitido é de 50 km/h, velocidade que permite visualizar o animal, ligar o pisca-alerta e sinalizar a travessia. O atropelamento de capivara só se enquadra em crime ambiental se for atestado que o condutor agiu de forma intencional, jogando o veículo em direção aos animais. A pena vai de seis meses a um ano de detenção.