ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Meio Ambiente

Com cinco animais atropelados por dia em MS, entidade pede ajuda a caminhoneiros

Instituto Homem Pantaneiro quer conversar com mineradoras para que haja um trabalho de educação ambiental com caminhoneiros

Ana Paula Chuva | 07/01/2021 16:43
Uma das onças-pintadas encontradas mortas na rodovia após atropelamento. (Foto: IHP)
Uma das onças-pintadas encontradas mortas na rodovia após atropelamento. (Foto: IHP)

Uma média de cinco animais silvestres são atropelados por dia na BR-262, com isso o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) intensificou o monitoramento na rodovia e percebeu também que o aumento de atropelamentos veio junto com a intensificação do tráfego de caminhões pela rodovia e pede que caminhoneiros e motoristas reduzam a velocidade na hora de passar por ali.

De acordo com o coronel Rabelo, o número de atropelamentos aumentou de forma considerável, principalmente, após a baixa do Rio Paraguai, que fez com que o transporte de minério de ferro fosse feito pela rodovia.

“Por dia temos uma média de 300 caminhões levando minério de ferro e não tem ferrovia, nem hidrovia para esse transporte, então o fluxo na rodovia somado ao trafego da exportação para a Bolívia foi intensificado há uns 60 dias, aumentando também o número de acidentes”, destacou Rabelo.

Ao Campo Grande News, o coordenador de monitoramento ambiental e biólogo do IHP, Sérgio Eduardo Barreto de Aguiar, explicou que o grupo esteve na BR-262 e acredita que se os caminhões diminuíssem a velocidade ajudaria a reduzir o número de acidente.

“Existem várias medidas que podem ser tomadas para diminuir o número de atropelamentos. Claro que precisamos de um apoio conjunto porque são ações de certa complexidade e educação no trânsito e ambiental dos caminhoneiros e pessoas que passam ali. Em determinados pontos se houver a redução da velocidade, onde tem os corredores de fauna por exemplo, pode ajudar”, explicou Sérgio.

Por isso o instituto está se organizando e pretende, já nos próximos dias, conversar com as mineradoras para que haja um trabalho de educação no trânsito e ambiental com os caminhoneiros.

“Estamos nos organizando para conversar com as mineradoras para isso. Acho que essa é uma medida imediata. Conversar com as empresas para a redução da velocidade e peso na carga desses caminhões já é um primeiro passo”, completou.

 Além disso, Sérgio citou que no trecho onde houve a colocação da cerca pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) o número de acidentes é bem menor e que a educação no trânsito e ambiental dos caminhoneiros e de quem passa pela rodovia pode também ajudar.

“As pessoas fizeram muitas criticas à cerca, mas ela é eficiente. A gente vê que onde ela foi implementada o número de atropelamentos diminuiu, praticamente não encontramos animais atropelados no trecho onde tem a cerca. Então acho que adaptarmos ela é uma boa opção também”,  detalhou Sérgio.

Nos siga no Google Notícias