Decreto autoriza pista de pouso em área critica de fogo na Serra do Amolar
Aeródromo será instalado no Porto São Pedro, em Corumbá; texto desapropria fazenda no Pantanal para a obra
Governo do Estado autorizou a desapropriação de fazenda na Serra do Amolar para implantar pista de pouso e toda a infraestrutura para a criação do aeródromo do Porto São Pedro, área da Serra da Amolar, a 428 quilômetros de Campo Grande, área crítica, com constantes incêndios florestais.
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O governo de Mato Grosso do Sul autorizou a desapropriação de uma fazenda na Serra do Amolar, a 428 quilômetros de Campo Grande, para a implantação de um aeródromo. O projeto, classificado como obra essencial de interesse nacional, visa estabelecer uma pista de pouso multiuso na região pantaneira. A infraestrutura será destinada ao combate a incêndios florestais, fiscalização ambiental e atendimento a emergências da população ribeirinha. O aeródromo também apoiará atividades turísticas e dará suporte logístico às fazendas locais, facilitando o acesso a áreas isoladas durante as cheias do Pantanal.
A decisão foi oficializada pela Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (10), com a publicação do Decreto “E” nº 47/2025, disponível no DOE (Diário Oficial do Estado). A área fica na zona rural de Corumbá, em ponto estratégico do Pantanal de difícil acesso terrestre, na divisa com Mato Grosso.
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No entanto, a autorização para desmatamento de vegetação do bioma Pantanal dependerá de análise dos órgãos ambientais competentes. O projeto é classificado como "obra essencial de interesse nacional" e faz parte do planejamento aeroviário do Estado.
Ao Campo Grande News, a assessoria de imprensa da Seilog explicou que a pista terá caráter multiuso, voltado ao combate a incêndios florestais na Serra do Amolar, fiscalização ambiental e atendimento a emergências da população ribeirinha. Ela também dará suporte logístico às fazendas da região e, de forma complementar, ao turismo sustentável, que tem crescido na área nos últimos anos.
"A iniciativa busca garantir acesso seguro a regiões isoladas durante as cheias, mantendo a população, cargas e equipes logísticas conectadas à capital e a outros centros. A escolha da localização considerou a proximidade com a rota de navegação pelo Rio Paraguai e a relevância ambiental e econômica do Pantanal", diz a nota.
A Serra do Amolar é de difícil acesso por via terrestre, e o deslocamento de Corumbá ou por barco pode levar mais de meio dia. Segundo o governo, a infraestrutura permitirá "[...] ações rápidas de proteção ambiental e suporte a atividades turísticas, especialmente em áreas preservadas com alto potencial cênico".
"O aeródromo integra estratégia do governo para criar aeródromos públicos em regiões remotas do Pantanal, priorizando segurança, logística e desenvolvimento sustentável", finaliza o texto que justifica o decreto assinado pelo governador Eduardo Riedel (PP) e pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme de Carvalho.
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