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Meio Ambiente

Em um único dia, 11 carcaças de animais silvestres são encontradas na BR-262

Carcaças estavam espalhadas em diferentes pontos da rodovia e incluíam antas, tamanduás e um lobinho

Por Viviane Oliveira | 21/07/2025 12:10
Em um único dia, 11 carcaças de animais silvestres são encontradas na BR-262
Anta morta atropelada em acostamento da BR-262 (Foto: Lúcia Morel)

Durante viagem no domingo para Três Lagoas, a 327 quilômetros de Campo Grande, a jornalista Lúcia Morel contabilizou pelo menos 11 animais silvestres mortos às margens da BR-262. As carcaças estavam espalhadas em diferentes pontos da rodovia e incluíam antas, tamanduás e um lobinho, espécies comuns no bioma do Cerrado e Pantanal, que atravessam a região.

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Em um único dia, foram encontradas 11 carcaças de animais silvestres às margens da BR-262, entre Campo Grande e Três Lagoas (MS). Entre as espécies identificadas estavam antas, tamanduás e um lobinho, típicos do Cerrado e Pantanal, distribuídos em diferentes pontos da rodovia. O aumento dos atropelamentos tem sido associado à limpeza da vegetação nas margens da estrada e à expansão do cultivo de eucalipto na região, que reduz as áreas de alimentação natural desses animais. A Polícia Militar Ambiental orienta que, em casos de animais vivos, a população acione imediatamente as autoridades ambientais para resgate.

No trecho entre os quilômetros 131 e 132, Lúcia identificou três antas, um tamanduá e um lobinho atropelados. Já próximo a Ribas do Rio Pardo, outras três antas foram encontradas mortas na pista. Ao longo do caminho, ela avistou ainda outras carcaças.

“Na semana passada, indo para lá no domingo de manhã, vi onze animais mortos. É muito estranho. Em abril, quando fiz esse trajeto, nunca vi tanto bicho assim. Sempre tem um ou outro animal morto, mas dessa vez foi demais”, relatou.

O motorista de caminhão Denilson Peixoto, que trafega diariamente entre Ribas do Rio Pardo e Água Clara, também tem testemunhado o aumento alarmante de atropelamentos de animais silvestres na BR-262. Ele relatou que, só nesse trecho, contabilizou mais de 10 antas mortas, entre carcaças em decomposição e animais recém-atropelados.

“Tem várias antas já em avançado estado de decomposição e outras recém-atropeladas. Reparei que todas estão em áreas onde fizeram limpeza da vegetação às margens da estrada. Parece que nessas áreas elas tentam atravessar para buscar alimento”, comentou.

Ele acredita que o avanço do eucalipto na região tem contribuindo para esse cenário. “Vocês precisam repercutir a quantidade de antas mortas numa distância tão curta. É uma atrocidade. Todas elas estavam atravessando a pista, saindo de áreas de eucalipto onde quase não tem mais alimento para elas", relatou.

Recomendações – Em casos de atropelamento de animais silvestres, a Polícia Militar Ambiental orienta que, se o bicho ainda estiver vivo, a população acione imediatamente a unidade da PMA mais próxima ou outro órgão ambiental para realizar o resgate. Se o animal morrer, a recomendação é que, caso haja segurança para o condutor, ele retire a carcaça da pista ou comunique o ocorrido à autoridade ambiental responsável na região.

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