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Meio Ambiente

Frio para valer chega sexta, com previsão de mínima de 2 graus

Previsão indica queda brusca de temperatura nos dias 19 e 20 e risco de formação de geada em cidades de MS

Helio de Freitas, de Dourados | 17/08/2022 10:36
Manhã com sol entre nuvens nesta quarta-feira na região sul de Dourados (Foto: Helio de Freitas)
Manhã com sol entre nuvens nesta quarta-feira na região sul de Dourados (Foto: Helio de Freitas)

Em plena segunda quinzena de agosto, a região sul de Mato Grosso do Sul vai enfrentar temperaturas congelantes nos dias 19 e 20 deste mês. Todas as previsões de sites especializados e institutos de meteorologia indicam queda brusca de temperatura na sexta-feira e frio intenso até sábado. No domingo, o frio começa deve começar a diminuir.

Para amanhã (18), a previsão ainda indica possibilidade de chuva, com temperaturas oscilando entre 10 e 24 graus. Entre a noite de quinta e a madrugada de sexta-feira, o frio aumenta consideravelmente.

A previsão mais drástica é do Climatempo, que indica mínima de 2 graus na sexta e de 3 no sábado em Amambai, cidade a 360 km de Campo Grande.

Para Ponta Porã, a empresa prevê mínimas de 3 e 4 graus nesses dias. Já em Dourados, ainda segundo o Climatempo, as mínimas previstas para sexta e sábado são de 4 e 5 graus, respectivamente. Nas três cidades existe risco de formação de geadas.

O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), também prevê frio intenso na região, com diferença de 1 grau a mais das previsões do Climatempo.

Já o aplicativo Meteoblue – um dos serviços usados pelos pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste – aponta mínima de 6 e máxima de 14 graus na sexta-feira em Dourados. Para sábado, a previsão do serviço é de mínima de 5 e máxima de 18 graus.

Frio em agosto – Apesar de muita gente estranhar tanto frio no mês de agosto, as temperaturas baixas não são tão raras assim, segundo o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Ricardo Fietz.

“Desde 2001, temos 15 registros na estação da Embrapa em Dourados. A mínima registrada no mês de agosto foi de 0,4°C em 15/08/2013. Os meses mais frios, com maior possibilidades de geadas, são julho e junho. Depois vem agosto. É raro, mas também pode gear em setembro”, disse ele ao Campo Grande News.

Segundo o pesquisador, o sul de Mato Grosso do Sul é região climática de transição entre o Sul e o Centro-Oeste, por isso a região é mais sujeita a variações climáticas abruptas.

“De maneira geral, 2022 não tem sido muito frio. A temperatura mais baixa em Dourados foi de 3,4°C em 12/06. Foi o único dia do ano, até agora, que a temperatura foi inferior a 4°C”, explicou.

Se o frio não é surpresa em agosto, a chuva, pelo menos no município de Dourados, já é quase o dobro do volume esperado para o mês inteiro.

“Ontem choveu 56 milímetros. O acumulado de agosto é 94 mm, quase o dobro da média de 42 anos, que é de 49 mm. Com a chuva de ontem, os solos da região de Dourados ficaram com condições ideais de umidade. Mas a chuva teve variações na sua distribuição. Em Rio brilhante choveu 18 mm e não choveu em Ivinhema”, informou Ricardo Fietz.

Apesar da esperada queda brusca de temperatura na sexta e no sábado, com mínimas estimadas entre 5 a 8 °C, o pesquisador chama de “fake news” as notícias de que a região pode ter o frio mais intenso do ano. “As estimativas das mínimas ficam entre 5 e 8°C. Para formar geada, precisa, entre outras coisas, de temperatura inferior a 4°C. Pode ocorrer em áreas localizadas, como as baixadas”.

Cidades em alerta – A Defesa Civil de cidades localizadas na fronteira com o Paraguai está em alerta por causa da previsão de frio intenso no fim de semana.

Em Amambai, a prefeitura vai manter equipes em alerta, principalmente para atender comunidades indígenas – consideradas as mais vulneráveis – para distribuir roupas e cobertores, se necessário.

Ponta Porã também terá plantão de emergência, segundo o secretário municipal de Segurança Pública Marcelino Nunes de Oliveira. Equipes da Defesa Civil e da Assistência Social ficarão de prontidão para atender os casos urgentes, principalmente de pessoas em situação de rua.

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