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Meio Ambiente

Investigação sobre causas da seca no Rio da Prata é prorrogada por 1 ano

Peixes tiveram que ser transferidos de trechos afetados este ano e no ano passado

Por Cassia Modena | 24/09/2025 08:19
Investigação sobre causas da seca no Rio da Prata é prorrogada por 1 ano
Trecho do Rio da Prata, em Jardim, completamente sem água (Foto: Nisroque Júnior/Instituto Guarda Mirim Ambiental)

De importância turística e econômica para Mato Grosso do Sul, sobretudo crucial para o equilíbrio da biodiversidade, o Rio Prata voltou a apresentar seca num trecho localizado em Jardim. Diante disso, peixes tiveram que ser retirados da área impactada e uma investigação sobre as causas do problema foi prorrogada por um ano.

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Seca prolongada atinge trecho do Rio da Prata em Jardim (MS) e causa impacto ambiental. Investigação sobre as causas da seca, iniciada em julho de 2024 pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), foi prorrogada por mais um ano. A estiagem e a possível influência de drenos na cabeceira do rio, em Bonito, são investigadas. Em ação conjunta, ONG, Polícia Militar Ambiental e voluntários transferiram 148 peixes para um trecho do rio com água. O proprietário de uma fazenda em Jardim foi multado por danos a um córrego afluente do Rio da Prata. A investigação busca determinar a relação entre o uso do solo e a seca no rio, importante para o turismo, economia e biodiversidade da região. O Instituto Guarda Mirim Ambiental monitora a situação e deve apresentar um relatório oficial sobre a condição atual do rio.

A investigação foi aberta em julho de 2024 pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e estendida por mais 365 dias contados a partir da última quinta-feira (18), data em que o órgão também pediu que as espécies aquáticas fossem retiradas da parte afetada. O trabalho foi executado no dia seguinte pela ONG (Organização Não Governamental) Instituto Guarda Mirim Ambiental e pela PMA (Polícia Militar Ambiental), além de voluntários de uma fazenda e de um grupo empresarial. O total de 148 peixes de diferentes espécies foi transferido para outro trecho mais seguro.

A prorrogação foi decidida pela promotora Laura Alves Lagrota, substituta da 1ª Comarca de Justiça de Jardim. Nos autos do inquérito civil que investiga as causas da seca, ela também pede que o Instituto Guarda Mirim informe se as águas voltaram à normalidade ou se houve uma nova quebra do curso natural do rio. Uma resposta oficial deverá ser enviada ainda nesta semana.

Investigação sobre causas da seca no Rio da Prata é prorrogada por 1 ano
Retirada e transferência de peixes foi realizada em 2024 e em 2025 (Foto: Nisroque Júnior/Instituto Guarda Mirim Ambiental)

À reportagem, o instituto informou na semana passada que a parte seca observada este ano está próxima da Ponte do Curê, na MS-178, e se estende por cerca de 3 km.

Drenos e estiagem - Antes disso, a última movimentação do inquérito foi um ofício enviado pela PMA em 30 de janeiro, com atualização sobre a vistoria na Fazenda Jangada, também em Jardim. O documento informa que o proprietário foi multado por mau uso do solo que acarretou danos a um córrego que deságua no Rio Verde, sendo ambos afluentes do Rio da Prata.

Sobre a seca, a PMA reforça o que já havia apontado em relatório anterior. "[De acordo] com os levantamentos realizados, o problema se deveu à estiagem prolongada e talvez à contribuição das construções de drenos na cabeceira do Rio da Prata, no município de Bonito", escreve. O dono de uma propriedade onde houve drenagem foi autuado, frisa, e só será possível dar andamento à vistoria de outros pontos do curso d'água após o responsável realizar ações de conservação do solo e da água para conter o problema.

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