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Meio Ambiente

Todos lembram dos Ipês, mas os oitis e ficus que predominam na Capital

Helton Verão | 21/09/2012 06:18

Cada um representa mais de 18% das árvores na cidade, enquanto Ipês 1%

Ficus da avenida Mato Grosso (Arquivo/Foto: João Carrigó)
Ficus da avenida Mato Grosso (Arquivo/Foto: João Carrigó)

Campo Grande alcançou recentemente o posto de capital mais arborizada do Brasil, passando Goiânia, com cerca de 260 mil árvores em calçadas e vias públicas, segundo números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E na hora da fama, todo mundo lembra do ipê, pela beleza, mas são espécies esquecidas as maiores responsáveis pela sobra na cidade.

Oitis e ficus são maioria. Cada uma delas representa mais de 18% das árvores, enquanto os ipês, pouco mais de 1% da arborização da Capital. Os dados fazem parte do último boletim do Pdau (Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande).

Em 2011, a Prefeitura tornou definitivo o tombamento de 22 árvores da espécie fícus microcarpa na avenida Mato Grosso, no trecho entre as ruas Calógeras e Pedro Celestino. Perto dos 80 anos, elas passaram a ser consideradas patrimônio histórico-cultural e paisagístico da cidade.

Mas a tendência é que outros tipos de árvores se popularizem nos próximos anos. O ficus é deixado de lado, principalmente pela Prefeitura Municipal, que sugere não plantar mais a espécie em calçadas e vias públicas, pelo fato das raízes crescerem muito e danificarem as estruturas de concreto.

Alguns quesitos são estabelecidos pela prefeitura e Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) na hora de escolher espécies. São evitadas as que têm espinhos ou possam representar perigos aos pedestres, as com flores e frutos muito grandes ou as de porte incompatível com o espaço.

As espécies preferidas nas ações do órgão municipal são as mudas de acerola, goiaba, jabuticaba, ipê branco/amarelo/cascudo e rosa de bola, pata de vaca e oiti. A sibipiruna, que representa mais de 9% da arborização, também não tem a preferência ou popularidade das demais.

“Lembro do Ipê, porque acho que é o que mais se fala. Aqui mesmo em minha banca as pessoas perguntam muito se trabalho com mudas”, conta a autônoma de 36 anos, que trabalha com a venda de mudas de plantas ornamentais e orientais, Cintia Fukuchi.

Outros elogiam suas cores, cheiro e formas. “Com certeza o ipê, por ser uma das mais bonitas, pelas suas cores e o seu cheiro”, exalta a cabeleireira de 41 anos, Marineuza Benedito.

Murta de Cheiro é a preferida e mais vendida em Campo Grande. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Murta de Cheiro é a preferida e mais vendida em Campo Grande. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Nas lojas de paisagismo a “Murta de Cheiro” é a moda do momento. "Com R$ 160 reais é possível comprar uma muda grande, de 1,5 metro. A resedá, magnólia e a pata de vaca são as mais vendidas", conta o paisagista, Simeão de Leon, de 55 anos, desses, 25 dedicados aos cuidados de mudas e árvores.

1 milhão- O plano da prefeitura de Campo Grande é plantar nos próximos 10 anos 1 milhão de árvores. Esse foi o discurso do prefeito Nelson Trad Filho no lançamento da campanha “Semana da Árvore”, no último domingo (16).

“De cada 100 domicílios, 96 têm árvores. Queremos manter esse número e superar ainda mais para continuar como a cidade mais arborizada do País”, ressaltou Trad Filho.

No total, 100 mil mudas serão distribuídas ao longo da semana. Todas produzidas no Viveiro Municipal, que tem inclusive, capacidade para produção de 1 milhão por ano.

As mudas estão sendo distribuídas até domingo (23) pela Semadur e seus parceiros nas avenidas Afonso Pena, Gury Marques, Mato Grosso, Júlio de Castilho, na rua Joaquim Murtinho e no Trevo Imbirussú.

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