MS lidera ranking de logística reversa: 13 kg de material reciclado por pessoa
Resultado é fruto de um sistema que combina rastreabilidade online, metas claras e fiscalização do Imasul
Mato Grosso do Sul acaba de chegar ao topo do ranking brasileiro de logística reversa de embalagens, com 13,14 quilos de material pós-consumo reciclado por morador. O índice, o maior já registrado no país, segundo levantamento de entidades especializadas em gestão de resíduos, consolida o Estado como referência na política de economia circular.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional em logística reversa de embalagens, reciclando 13,14 kg de material por habitante. Este índice, o maior do país, consolida o estado como referência em economia circular, resultado de um sistema que integra rastreabilidade online, metas e fiscalização do Imasul. No primeiro ciclo do Sistema Estadual de Logística Reversa (Sisrev), referente a 2019, foram recuperadas 24.796 toneladas de embalagens, 76% da meta mínima. O sistema envolveu 14 entidades gestoras, 42 operadores logísticos (metade deles cooperativas ou associações de catadores) e 5.476 empresas. As empresas informam a quantidade de material colocado no mercado e, no ano seguinte, comprovam o retorno de pelo menos 22% ao ciclo produtivo. A fiscalização atua sobre quem não cumpre as metas. O Sisrev prioriza a contratação de catadores e estende a responsabilidade da logística reversa a fabricantes de outros estados, financiando cooperativas locais e aliviando os municípios da coleta e aterramento desses resíduos. Em 2025, o Imasul inicia o quinto ciclo de avaliação, referente a 2023.
O resultado é fruto de um sistema que combina rastreabilidade online, metas claras e fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Somente no primeiro ciclo completo do Sistema Estadual de Logística Reversa (Sisrev), referente ao ano-base 2019, foram recuperadas 24.796 toneladas de embalagens, quantidade que equivale a cerca de 76 % da meta mínima de retorno definida para o período .
A operação mobilizou 14 entidades gestoras e 42 operadores logísticos, metade deles cooperativas ou associações de catadores, a serviço de 5.476 empresas que comercializam produtos no Estado.
A engrenagem funciona de forma simples: cada empresa informa, em sistema autodeclaratório, quanto plástico, papel, metal ou vidro colocou no mercado local. No ano seguinte, precisa comprovar, por meio de notas fiscais rastreadas, que pelo menos 22 % desse volume voltou ao ciclo produtivo. Quem não atinge a meta entra na mira da fiscalização ambiental e do Ministério Público, cuja atuação foi decisiva para criar o modelo sul-mato-grossense .
O Sisrev também corrige distorções históricas do setor: além de priorizar a contratação de catadores, ele estende a obrigação da logística reversa a fabricantes de outros Estados, que respondem pela maior parte das embalagens vendidas em MS . Isso ajuda a financiar cooperativas locais e reduz a sobrecarga dos municípios, antes responsáveis por coletar e aterrar resíduos que não geraram.
O próximo passo já tem data: no segundo semestre de 2025, o Imasul inicia o quinto ciclo de avaliação, convocando as empresas que comercializaram produtos em 2023 a provar, novamente, o retorno de pelo menos um quinto das embalagens ao mercado.
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