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Meio Ambiente

Nestas eleições, 77 candidatos têm histórico em crimes ambientais em MS

71 candidatos de Mato Grosso do Sul e oito de fora do Estado têm nome registrado em multas do Ibama por crimes em MS

Guilherme Correia | 13/11/2020 11:47
Em Coxim, área desmatada irregularmente no ano passado foi fiscalizada pela Polícia Militar Ambiental (Foto: Divulgação/PMA)
Em Coxim, área desmatada irregularmente no ano passado foi fiscalizada pela Polícia Militar Ambiental (Foto: Divulgação/PMA)

Nas eleições deste ano, 77 candidatos a cargos municipais em todo o Brasil respondem ou já responderam por crimes ambientais em Mato Grosso do Sul. Apenas 6 são de outros estados, 71 vivem aqui. Equivalente a pelo menos R$ 9,4 milhões, as infrações variam de desmatamento, comércio ilegal de madeira, pesca irregular ou incêndio em reservas naturais.

Levantamento feito pelo Campo Grande News verificou que maior parte (R$ 4,5 milhões) do valor das multas distribuídas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foram de crimes cuja defesa conseguiu recorrer. Cerca de 1,4 milhão é referente a crimes que foram "prescritos".

A relação completa das notificações pode ser verificada por meio desse link. Entre os relacionados, a maioria tem ocupação declarada enquanto pecuaristas (14) e empresários (11). Além disso, grande maioria (74) homens e três são mulheres.

O mapa abaixo mostra a quantidade de multas em cada município de Mato Grosso do Sul:

Candidatos de fora de MS - Os registros são de infrações cometidas na década passada e maior parte foi quitada ou suspensa judicialmente.

Notificações incluem candidatos para cargos de vereador ou prefeito nas cidades de Cruzeiro do Sul (AC), Brasilândia de Minas (MG), Paranaíta (MT), Pedra Preta (MT), Buritis (RO), Cujubim (RO), Auriflama (SP), Bariri (SP), Olímpia (SP), Piacatu (SP) e Piracicaba (SP) - no total, infrações renderiam R$ 230 mil aos cofres públicos.

Com maior valor registrado entre os de fora do Estado, candidato a prefeito pelo Democratas em Chapadão do Céu (GO), na divisa com Mato Grosso do Sul, foi autuado em 2004 por crime florestal em reserva indígena no município de Costa Rica. Ele teria de pagar R$ 735 mil, mas decisão judicial interveio e cancelou a notificação.

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