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Meio Ambiente

Operação “Mata Atlântica em Pé” vai fiscalizar 22 áreas de desmatamento em MS

É a quarta edição da operação, que em 2020 vistoriou 24 alvos/áreas e no ano anterior, 126

Lucia Morel | 21/09/2021 18:55
Área de Mata Atlântica em MS. (Foto: Imasul)
Área de Mata Atlântica em MS. (Foto: Imasul)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul vai fiscalizar, em parceria com a PMA (Polícia Militar Ambiental) 22 áreas em 14 municípios do Estado por desmatamento de partes do bioma Mata Atlântica presentes em MS. A ação faz parte da Operação “Mata Atlântica em Pé”, encabeçada pelo MP do Paraná.

É a quarta edição da operação, que em 2020 vistoriou 24 alvos/áreas e no ano anterior, 126. O alto número de alvos no ano de 2019 é decorrente do acúmulo de alvos dos anos de 2016, 2017 e 2019 do Programa DNA Ambiental do MPMS.

Segundo o MPMS, isso também refletiu no montante de multas aplicadas aos infratores, que no ano de 2020 foi de aproximadamente R$ 1.058.000,00, inferior, portanto, ao ano de 2019 que somou R$ 6.106.990,00.

Dados do Atlas da Mata Atlântica, do Instituto SOS Mata Atlântica, mostram que os três Estados que mais desmataram a floresta entre 2019 e 2020 foram Minas Gerais (4.701 ha), Bahia (3.230 ha) e Paraná (2.151 ha). Junto de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, respectivamente, o quarto e o quinto colocados da lista, essas unidades da federação acumulam 91% de perda de vegetação do bioma no período.

Integram também o bioma da Mata Atlântica os seguintes Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Goiás.

Em MS, a operação conta com a participação e o apoio da PMA, que realizará as fiscalizações no modo presencial, a partir dos alvos refinados pelo Nugeo (Núcleo de Geotecnologias) do MPMS. “Os 22 alvos são extraídos a partir dos dados elaborados pelo Programa DNA Ambiental do MPMS, que realiza análises multitemporais bimestrais para identificação dos desmatamentos possivelmente ilegais no Estado”, comenta o Promotor de Justiça Luciano Furtado Loubet, Diretor do Núcleo Ambiental.

A expectativa é ampliar o número de áreas fiscalizadas em relação às edições anteriores. A ação teve início ontem em 17 estados brasileiros que integram o bioma.

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