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Meio Ambiente

Presidente diz que TJ "limpou" mata, mesmo sem definir qual será a obra

O desembargador Paschoal Carmello Leandro informa que não há nem dinheiro para obra em terreno

Ângela Kempfer e Fernanda Palheta | 22/10/2019 12:19
Área já foi desmatada nos arredores do Tribunal de Justiça; (Foto: Marcos Maluf)
Área já foi desmatada nos arredores do Tribunal de Justiça; (Foto: Marcos Maluf)

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul defendeu hoje a obra que exige desmatamento de mais uma área no Parque dos Poderes. O desembargador Paschoal Carmello Leandro admitiu que a primeira etapa é “limpar” o terreno, mesmo sem projeto elaborado para o local. “Só limpamos a área para ver se é suficiente, se temos condições de fazer ali as obras que precisamos”, justificou na manhã de hoje, durante solenidade de entrega de homenagens na Câmara Municipal.

Desembargador Paschoal Carmello Leandro esteve hoje pela manhã em solenidade na Câmara Municipal,
Desembargador Paschoal Carmello Leandro esteve hoje pela manhã em solenidade na Câmara Municipal,

A mata caiu, mesmo antes de estar definido o destino dos 4.882,81 metros quadrados de vegetação da reserva ecológica, criada por decreto há 37 anos. Segundo o presidente do TJ, nem os recursos estão certo. “Estamos passando por uma recessão, mas deve entrar no orçamento de 2020 ou 2021”, comenta.

Ao contrário do que foi cogitado até agora, além de estacionamento maior, há duas possibilidades de uso da área: para a ampliação do plenário ou da parte administrativa. “Eu prefiro fazer o plenário, outros preferem outras coisas, então ainda não sabemos”.

Mas independente da decisão, o projeto deve respeitar a mesma lógica arquitetônica do TJ, com estacionamento no subsolo e novo prédio no térreo.

O presidente do Tribunal diz que desmatamento é necessário porque TJ ficou pequeno “Hoje, o Tribunal tem 35 desembargadores, se aumentar o número, não tem onde colocar”, argumenta.

A clareira aberta na mata é suficiente para criar 186 vagas de estacionamento. O TJMS começou a abrir a picada para o desmate na região ainda em 2017, quando contratou empresa para elaborar o projeto de licenciamento ambiental e de drenagem de águas pluviais, voltados à construção do estacionamento.

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