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Meio Ambiente

Socorro rápido é a melhor forma de salvar seu bicho de um envenenamento

Adriano Fernandes | 19/08/2014 10:07

 As primeiras denúncias de envenenamento de animais chegaram à redação no inicio do mês de agosto e em visita ao bairro Octávio pécora, o Campo Grande News constatou que não só as denuncias eram verídicas quanto que não era a primeira vez que o fato acontecia. Os depoimentos dos moradores relataram ocorrências de até quatro anos atrás. Cães, gatos e até aves foram mortos pela ação de um desconhecido gerando revolta nos moradores, pela dor de ver seu animal de estimação sofrendo em recuperação de um envenenamento que na maioria dos casos leva a morte.

Os sintomas no animal são visíveis quase que instantaneamente, vômito gelatinoso, fraqueza, diarréia, são alguns deles e os especialistas orientam, o socorro urgente é sempre a melhor coisa a se fazer.

Com 30 anos de profissão e membro atuante na defesa de animais a médica veterinária Sibele Cação explica que um atendimento urgente não só aumenta a chances de sobrevivência do animal, mais também facilita o trabalho de confirmação do envenenamento, o que auxilia no processo de recuperação.

Sibele, ex-presidente do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) tornou-se exemplo em defesa dos animais quando teve seu mandato cassado por defender o tratamento do cão Scooby, que contraiu leishmaniose, ao invés da eutanásia. O animal, por estar doente, havia sido arrastado por um motociclista por 4 quilômetros, mais sobreviveu e está bem.

Belinha tem 3 anos e segundo o dono, ela chegou a ser internada, mas já está melhor. (Foto: Arquivo Pessoal)
Belinha tem 3 anos e segundo o dono, ela chegou a ser internada, mas já está melhor. (Foto: Arquivo Pessoal)
Vômito gelatinoso e diarreia são alguns dos sintomas. Depois do susto e de todos os cuidados, Belinha passa bem. (Foto: Arquivo Pessoal).
Vômito gelatinoso e diarreia são alguns dos sintomas. Depois do susto e de todos os cuidados, Belinha passa bem. (Foto: Arquivo Pessoal).

Tenha pressa pelo diagnóstico - “A primeira suspeita era de Leishmaniose. Foram 15 dias de espera até o resultado que deu negativo e ao que tudo indicou, se tratava mesmo de um envenenamento”. Este é o relato do auxiliar de consultório de 53 anos, seu Marcio Carvalho, também morador do Octávio Pécora. Sua cadela de 3 anos, Belinha, da raça sharpei, apresentou os primeiros sintomas de envenenamento e foi levada a tempo para uma clinica.

Foram três dias de internação tomando soro e vitaminas para refortalecer o organismo do animal. Em casa, os cuidados continuaram. “Me ensinaram dar ovo caipira, que ajudaria na recuperação”, diz, preocupado com a recuperação do bichinho. Até o ultimo contato, Belinha passava bem.

Por melhor que sejam as intensões, receitas caseiras como a utilizada por seu Marcio não são as mais indicadas. A veterinária Cristiane Nogueira tem uma bagagem de 13 anos em atendimento a animais em uma clinica da Capital. Forçar o animal a ingestão de leite, por exemplo, é um mito que em caso algum pode ser utilizado. Segundo ela, levando até uma clinica, o animal é tratado com uma série de medicamentos e vitaminas que tem a função de absorver as impurezas de um possível envenenamento.

Quando um animal ingere uma substância tóxica esse material agride principalmente os órgão digestivos do animal. Estomago, fígado e rins são os mais atingidos e que por meio de exames laboratoriais podem comprovar o envenenamento.

Tentativa de envenenamento se enquadra em maus-tratos e é crime conforme previsto em lei federal 9.605/98 dos Crimes Ambientais. A delegacia especializada em ocorrências ambientais é a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista).

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