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Capital

Para tentar fugir da greve clientes procuram posto bancário da prefeitura

Ana Paula Carvalho e Paula Maciulevicius | 05/10/2011 18:57

Apenas funcionários da prefeitura são atendidos no posto

Posto de atendimento bancário da prefeitura estava lotado. (Foto: João Garrigó)
Posto de atendimento bancário da prefeitura estava lotado. (Foto: João Garrigó)

O posto de atendimento bancário que fica no prédio da prefeitura estava lotado na tarde desta quarta-feira (05). Além dos funcionários públicos, clientes de outras agências do HSBC tentaram trocar cheques, sacar dinheiro ou pagar boletos bancários no posto.

De acordo com funcionários do posto bancário, apenas funcionários da prefeitura são atendidos lá. Os outros clientes estão sendo orientados a procurar as agências do Coronel Antonino e Dom Aquino.

Wellington Henrique de Souza, 21 anos, fiscal, procurou o posto para tentar trocar um cheque, essa era a terceira tentativa. “Essa já é a terceira vez que eu tento trocar esse cheque, agora me mandaram para a agência da Coronel Antonino, não sei o que vou fazer se não conseguir lá também”, diz.

O zelador Paulo de Araújo, de 36 anos, passou por várias agências para tentar pagar um boleto, como todas estavam fechadas, ele resolveu tentar no posto da prefeitura.

Muitas pessoas já receberam o pagamento do mês de outubro, quem tem cartão consegue sacar nos caixas eletrônicos, mas quem não tem está fazendo uma verdadeira peregrinação. Esse é caso de três clientes do HSBC que procuraram o posto bancário da prefeitura.

Natália de Souza Maciel, técnica em enfermagem, 19 anos, não tem cartão do banco. Ela passou por duas agências para tentar sacar o salário, mas foi informada que isso só seria possível na agência dela. “Agora vou ficar sem pagamento. As contas não esperam e vou ter que pagar com juros. Eles (bancários em greve) precisam pensar na população também”, afirma.

O mesmo problema acontece com o recepcionista, Robson de Paulo, de 20 anos, ele ainda não conseguiu retirar dinheiro do banco. “O banco não tem uma posição de quando vai voltar, ou de quando vai pagar a gente”, relata.

Caroline Castanho, de 14 anos, trabalha como telefonista. Hoje ela tentou sacar o salário, mas não conseguiu. “Dá raiva. Não dá para ficar pedindo dinheiro para o pai ou para a mãe. Agora vou ter que ficar sem”, diz.

Greve - De acordo com o Sindicato dos Bancários da Capital e região, o movimento foi intensificado. No dia 27 de setembro, quando a paralisação começou, 66 agências haviam aderido. Hoje, esse número chega a 86.

As três agências do município de Sidrolândia, a 71 quilômetros de campo Grande, fecharam as portas e suspenderam os atendimentos.

De acordo com o secretário geral do sindicato, Edvaldo Barros, o objetivo não é prejudicar a população e sim reivindicar melhorias para a categoria. “Os clientes podem procurar as agências que estão funcionando e pedir informações dos serviços que eles conseguem fazer”, diz. Na Capital há 101 agências, 101 estão paradas. Ao todo são 2.500 bancários em greve.

Os bancários reivindicam 12,8% de reajuste salarial, o que cobre a inflação e daria 5% de aumento real, enquanto a Fenaban ofereceu um máximo de 8% de aumento, o que representaria 0,56% de ganho real.

Também há paralisações em Dourados e Região e em Corumbá.

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