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Política

“É bom que investigue”, diz André ao ser levado para colocar tornozeleira

Mayara Bueno e Aline dos Santos | 11/05/2017 09:36
Ex-governador chegando no Patronato Penitenciário para colocar tornozeleira. (Foto: André Bittar).
Ex-governador chegando no Patronato Penitenciário para colocar tornozeleira. (Foto: André Bittar).
Placa de inauguração do setor educacional do prédio, em 2014. (Foto: Aline dos Santos).
Placa de inauguração do setor educacional do prédio, em 2014. (Foto: Aline dos Santos).

Alvo da quarta fase da Operação Lama Asfáltica, que ocorre nesta quinta-feira (11), o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), chegou por volta das 9h30 no Patronato Penitenciário de Campo Grande, onde colocará a tornozeleira eletrônica. Por ironia, o prédio onde está foi inaugurado por ele durante o período em que governou o Estado.

Ao chegar no prédio em uma viatura da PF (Polícia Federal), o ex-chefe do Executivo Estadual deu bom dia. “Estão investigando, é bom que investigue”, se limitou a dizer.

Acompanhado de um agente da PF, André disse que não sabia como será ficar com o dispositivo. “Vou ver o que vim fazer aqui”.

Puccinelli foi alvo de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Policiais estiveram em seu apartamento antes das 6h em cumprimento a mandado expedido.

Ao todo, foram 44 mandados esta manhã. São três prisões preventivas, condução coercitiva e busca e apreensão.

Outras cidades de Mato Grosso do Sul são alvos: além de Campo Grande, Nioaque e Porto Murtinho, além de desdobramentos em São Paulo e Curitiba e uma prisão em Bonito. São investigados fraudes em licitações, superfaturamentos em obras públicas e pagamento de propinas que desviaram valor estimado em R$ 150 milhões.

A Operação Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 9 de julho de 2015, neste período, pelo menos 15 pessoas foram para cadeia. Entretanto, todas estão soltas aguardando o resultado das investigações.

A quarta fase foi intitulada Máquinas de Lama, pois de acordo com a Polícia Federal, os valores de propina pagos eram justificado com o aluguel de máquinas, geralmente com o único propósito de justificar os pagamentos.

Também ficou confirmado, conforme a polícia, o envolvimento de servidores públicos e a tentativa de lavagem de dinheiro, com a obtenção de benefícios e isenções fiscais. A Lama Asfáltica investiga o desviou recursos públicos em licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos.

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