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Política

"O problema não é financeiro", diz deputado que renunciou à candidatura

Ludyney Moura | 10/09/2014 16:15
Deputado quer que dirigente apresente provas de sua "traição" ao partido (Foto:Divulgação/Wagner Guimarães/ALMS)
Deputado quer que dirigente apresente provas de sua "traição" ao partido (Foto:Divulgação/Wagner Guimarães/ALMS)
Presidente do PROS acusa Osvane Ramos de fazer campanha para candidato adversário, Reinaldo Azambuja (Foto: Marcelo Victor)
Presidente do PROS acusa Osvane Ramos de fazer campanha para candidato adversário, Reinaldo Azambuja (Foto: Marcelo Victor)

O deputado Osvane Ramos (PROS), que desistiu de disputar as eleições deste ano, foi acusado pela direção do partido de fazer campanha para o deputado federal Reinaldo Azambuja, candidato tucano a governador, adversário de Delcídio do Amaral (PT), com quem a sigla está coligada. Ao Campo Grande News o parlamentar negou a "traição" e revelou que sua saída da corrida eleitoral não é por falta de dinheiro.

“A minha vida, como de todo ser humano, é regida por um ser maior, providência divina, esse era o momento de desistir. Foi uma decisão não olhando por projeto pessoal, de poder do deputado Osvane, o problema não é financeiro. Eu acredito num projeto em prol de Mato Grosso do Sul, e por isso renunciei”, declarou o parlamentar.

O presidente estadual do PROS, Mário Márcio Borges, garante que o parlamentar estava contrariando compromissos assumidos com Delcidio do Amaral, candidato a governador pelo PT.

“Na última sexta-feira (5) eu notifiquei o deputado, depois de receber várias denúncias de que ele estava fazendo campanha para o nosso adversário, o Reinaldo Azambuja (PSDB). Nessa notificação ele tinha 72 horas para fazer sua defesa, para se explicar. E a resposta foi essa, renunciando, alegando fatos que não existem. Todos os acordos com a majoritária tem sido cumpridos”, revelou Mário Márcio. O deputado nega ter sido notificado pelo partido.

Segundo o dirigente, vereador do PROS de Bodoquena procurou a direção do partido para revelar que Osvane havia lhe pedido para fazer campanha para o tucano Reinaldo Azambuja. “Nós temos toda a documentação que provam isso. Relatos de pelo menos 10 pessoas. Um material interno nosso que ainda não pode ser levado à público”, disse.

Mário Márcio disse ainda que o deputado não procurou a direção do partido para comunicar sua decisão, e que isso pode lhe render sanções que vão desde suspensão até a exclusão da legenda. “Eu lamento toda essa situação. Os acordos têm sido cumpridos. Agora mais do que nunca o PROS está ao lado do senador. O que o Osvane fez foi à revelia do partido, uma atitude isolada”, diz. Uma reunião extraordinária da executiva do PROS deve acontecer ainda hoje para definir as sanções que serão aplicadas ao deputado.

Osvane Ramos lembrou que o PROS, criado em setembro de 2013, foi organizado em Mato Grosso do Sul pelos então aliados senador Delcídio do Amaral (PT) e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). “Acho que o Mário Márcio nem sabe o que é campanha”, acrescentando que antes da aliança com o PT o dirigente procurou outras legendas e que parte dos 59 vereadores do partido esta descontentes com os rumos da aliança com o PT.

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