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Política

Reinaldo quer emprestar R$ 2,9 bi para pagar juros da dívida e aplicar em obras

Flávio Paes | 10/11/2015 21:05
Delcídio acompanhou Reinaldo na reunião com secretário do Tesouro (Foto:Divulgação)
Delcídio acompanhou Reinaldo na reunião com secretário do Tesouro (Foto:Divulgação)

O governador Reinaldo Azambuja, acompanhado do senador Delcídio do Amaral (PT), apresentou nesta terça-feira em Brasília ao secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Barbosa Santive, proposta de reestruturação da dívida de Mato Grosso do Sul que hoje soma R$ 7,8 bilhões. Para isto Reinaldo busca um empréstimo de R$ 2,9 bilhões em negociação junto ao Banco Mundial e a Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA). A operação seria paga em 15 anos, com três anos de carência para iniciar a amortização.

O dinheiro de empréstimo seria suficiente para pagar os juros da dívida do Estado nos próximos cinco anos e ainda  sobraria um saldo para investimento em obras de infraestrutura e logística. Conforme o governador,a vantagem desta operação, é que o estado teria um fôlego financeiro,porque ao invés de pagar uma taxa anual de 20% de juros como agora, arcaria com 4,5%. Hoje, com estes encargos, o Estado compromete 15% da sua receita com o pagamento de parcelas no valor de R$ 80 milhões.

O senador Delcídio elogiou a proposta do governador. “É uma proposta diferenciada, e eu falo isso porque , na função de presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, por onde obrigatoriamente passam todas as operações de empréstimos internacionais para estados e municípios, conheço bem a realidade dos estados que apresentam pedidos de financiamento para quitar seus débitos e retomar o crescimento econômico. A proposta apresentada hoje não só alonga a dívida do estado, fazendo com que tenhamos condições de quitar o resíduo dos débitos até 2020, o que é interessante também para o governo federal porque garante dinheiro no caixa da União,

Empenho – O líder do governo disse que a reunião desta terça-feira foi apenas o primeiro passo de um longo processo até que o pedido de Mato Grosso do Sul seja aprovado pelo Senado e a União.
“Nós temos um processo longo pela frente. Vamos trabalhar junto ao Tesouro Nacional e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda), mas nós vamos avançar, porque esse é um projeto fundamental para Mato Grosso do Sul”, concluiu Delcídio.

Participaram também do encontro como secretário do Tesouro Nacional, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel , e o secretário-adjunto de Fazenda , Jader Afonso.

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