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Política

Acidentes e “culto” à velocidade centralizam debate na Assembleia

Fabiano Arruda | 19/06/2012 12:19
Jovem de 23 anos morreu no começo do mês após acidente com caminhonete na Avenida Afonso Pena; colisão reascendeu discussão sobre punições para quem dirige sob efeito de bebida alcoólica. (Foto: Simão Nogueira)
Jovem de 23 anos morreu no começo do mês após acidente com caminhonete na Avenida Afonso Pena; colisão reascendeu discussão sobre punições para quem dirige sob efeito de bebida alcoólica. (Foto: Simão Nogueira)

A química composta pelo excesso de velocidade e uso de bebidas alcoólicas que provoca tragédias no trânsito de Campo Grande foi tema de discussão na sessão desta terça-feira da Assembleia Legislativa.

O assunto foi levantado pelo deputado estadual e líder do governo na Casa de Leis, Junior Mochi (PMDB). Ele ocupou a tribuna e iniciou seu discurso baseado no “culto à velocidade” propagando em páginas do Facebook, que “elogiavam” o fato de velocímetros extrapolarem os limites permitidos nas vias.

Como solução o peemedebista defendeu tolerância zero de álcool para condutores de veículos, além de sugerir que a Ciptran mapeie os principais pontos de colisões na Capital e aumente a fiscalização, sobretudo, na saída de bares e boates.

Para endossar seu discurso, Mochi afirmou que a Santa Casa de Campo Grande gasta cerca de R$ 6 milhões mensais no atendimento às vítimas de acidente de trânsito.

Em aparte, o deputado Marcio Fernandes (PTdoB) pediu uma política para que as montadoras de veículos não fabriquem carros que ultrapassem dos 200 km/h, já que a velocidade máxima permitida nas ruas é de 110 km/h.

A repercussão do assunto nas redes sociais foi relatada por Junior Mochi com base em reportagem publicada na última quinta-feira (14) pelo Campo Grande News, que relata o fato de o perfil do Facebook exibir uma tarja de luto pelo amigo que se foi aos 23 anos em acidente na Afonso Pena, mas nas fotos, o mesmo jovem exibe imagem de um velocímetro, se gabando por ter atingido 170 km em um Gol 1.0 a caminho da praia. Em frente ao mar, novas fotos, dessa vez, consumindo cerveja.

A relação danosa de beber e dirigir se explica cientificamente. Em média, o álcool leva 30 minutos para se espalhar pelo organismo e pelo menos seis horas para ser excretado, o que acaba por comprometer a coordenação motora, diminuindo os reflexos e dificultando a fala, que se torna pastosa. Os próximos estágios chegam para quem consumiu muito álcool, com a confusão mental e coma alcoólico.

Acidentes - Em 31 de maio, o estudante de Direito Richard ldivan Gomide Lima, de 21 anos, provocou a morte de Davi Del Valle Antunes, 31 anos, em acidente de trânsito. A moto estava parada no semáforo quando foi atingida pelo Punto, que estava a 83 km/h e furou o sinal, vermelho há sete segundos.

Na mesma semana, Israel Gomes Charão, de 28 anos, morreu em um acidente envolvendo o Astra que conduzia e uma moto. Após a colisão, o motorista acabou se chocando contra um semáforo. Ele morreu no local e três pessoas ficaram feridas.

No último dia 8, Luiz Henrique Maffissoni Pinha, de 23 anos, faleceu horas depois de perder o controle de uma Dodge Ram, subir canteiro da avenida Afonso Pena e derrubar um poste de iluminação.

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