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Política

Após pressão, é adiada votação de projeto que regula transporte intermunicipal

Empresários e entidades querem mudanças no texto para lei não impedir atuação de novas empresas e aplicativos

Caroline Maldonado e Gabriela Couto | 10/08/2022 11:01
Plenário da Assembleia Legislativa durante sessão ordinária de hoje. (Foto: Marcos Maluf)
Plenário da Assembleia Legislativa durante sessão ordinária de hoje. (Foto: Marcos Maluf)

Após mobilização de empresários e entidades do setor de transportes, não foi votado pelos deputados estaduais o projeto que institui o Sistema Trip-MS (Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso do Sul). É a terceira vez que o texto sai de pauta.

Desta vez, o deputado estadual Felipe Orro (PSD) pediu vistas. Os empresários querem mudanças na proposta para evitar que apenas empresas antigas tenham permissão por até 10 anos para rodar e transportes por aplicativos sejam proibidos de atuar.

Ficou marcada para a tarde de hoje (10) uma reunião na Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) para discutir o projeto, segundo o deputado Paulo Duarte (PSB), integrante da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Redação).

“A reunião será para sanar dúvidas técnicas. Desde o começo devia ser feita essa discussão, na origem do projeto, que é na Agems. Agora, teremos essa discussão e dependendo, amanhã a CCJ vai analisar as emendas para que o projeto possa ir a votação na sessão”, comentou Duarte.

Foram propostas pelo deputado Renan Contar, o “Capitão Contar”, oito emendas modificativas, assinadas também por outros oito parlamentares.

Primeiro diretor secretário da ACCIG, Roberto Oshiro Júnior, na Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Maluf)
Primeiro diretor secretário da ACCIG, Roberto Oshiro Júnior, na Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Maluf)

Entidades representativas reclamam que o projeto impede novas licenças por até 10 anos, sem licitação. Caso seja aprovada e vire lei da forma como está, a regulamentação vai proibir transporte intermunicipal por aplicativo, como Buser, além de viagens por meio de aplicativos diversos de transporte, como Uber.

Além das empresas, a ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) e a Abrafrec (Associação Brasileira dos Fretadores Colaborativos) já se manifestaram contra o projeto original e sugerem a incorporação de emendas ao texto, argumentando que a lei pode ameaçar mais de 3 mil empregos em MS.

"Não estamos pedindo para que eliminem as concessões de rodoviárias, apenas que a população tenha acesso a outros modais de mobilidade urbana", explicou o  primeiro diretor secretário da ACCIG, Roberto Oshiro Júnior.

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