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Política

Assembleia monta comissão para criar projeto de piso salarial dos farmacêuticos

Richelieu de Carlo | 12/03/2017 12:41
Audiência Pública debate a importância de um piso salarial para os farmacêuticos. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Audiência Pública debate a importância de um piso salarial para os farmacêuticos. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

Deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul criaram uma comissão para elaborar projeto de piso salarial dos farmacêuticos do Estado. A equipe foi montada após audiência pública, na sexta-feira (10), que discutiu propostas para implantação de um piso estadual, como acontece em outras unidades federativas do País.

Além de membros do parlamento, integrantes do CFF (Conselho Federal de Farmácia), CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia) e Sinfar/MS (Sindicato dos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul) participaram das discussões no plenário da casa de leis.

O deputado estadual Paulo Siufi destacou a importância de valorizar os profissionais desta área. “Os farmacêuticos tem um valor enorme para a sociedade, infelizmente este valor não é repassado para o profissional. Os acadêmicos que aqui se encontram presentes hoje têm um sonho, investem na carreira, por isso esta discussão se faz necessária na Assembleia Legislativa, para juntos elaborarmos uma proposta que se transformará em projeto de lei, abrangendo todos os municípios, trazendo igualdade salarial”, explicou.

Já Professor Rinaldo enfatizou a necessidade do debate para a construção do projeto de lei. “Não há como chegarmos aqui pra vocês que realmente lidam com a realidade desta profissão no cotidiano, com uma proposta engessada. Temos que ouvir quem trabalha na área, pois vocês é que dão o norte para a elaboração de uma proposta que realmente atenda à categoria”, avaliou o deputado.

A conselheira do CFF, Angela Cristina da Cunha Castro Lopes, acredita que o farmacêutico deve mostrar o seu valor à sociedade. “O Conselho Federal de Farmácia trabalha bastante pelo resgate, fortalecimento e valorização da profissão. Em Mato Grosso do Sul, os 79 municípios tem farmacêuticos e isso não é uma realidade em todo o Brasil, o que já significa um avanço. O farmacêutico é indispensável no setor público, pois cuidamos da sociedade com saber e garantia do que fazemos”, assegurou a conselheira.

Já a conselheira do CRF/MS, Márcia Regina Saldanha, falou sobre o que a Audiência Pública proporcionava aos profissionais de Farmácia. “Estamos vivendo aqui um momento histórico para todos do Estado. Poder estar na Casa de Leis para debater esse assunto é maravilhoso, já que fazemos um sacrifício para ter o nível superior e quando estamos no mercado de trabalho, enfrentamos uma realidade difícil. Não podemos trabalhar por qualquer salário, pois nossa responsabilidade é muito grande, nós lidamos com vidas”, desabafou Márcia Regina.

Luiz Gonçalves Mendes Júnior, presidente do Sinfar/MS, falou da luta pela classe farmacêutica. “Desde o ano passado estamos realizando reuniões e assembleias para tratar da implantação de um piso salarial para a categoria, pretendemos um valor de R$ 3800 por 44 horas trabalhadas, isso é uma reivindicação do Sindicato. Fomos acolhidos hoje pela Casa de Leis para demonstrarmos a necessidade de um piso salarial definido e melhor do que a média de hoje. A manipulação de medicamentos é delicada e deveria ter mais valor”, considerou o presidente.

O tesoureiro do CRF/MS, Alexandre Corrêa dos Santos destacou a versatilidade dos profissionais de Farmácia. “O farmacêutico ajuda na saúde geral da população, no uso correto de medicamentos e várias outras áreas que o setor abrange. Precisamos de leis e projetos bem estruturados, o investimento neste profissional é fundamental. É muito importante essa discussão na Casa de Leis”, ressaltou Alexandre.

Ao final do debate, foi criada uma Comissão que será formada pelos deputados Paulo Siufi (PMDB), Professor Rinaldo (PSDB) e Mara Caseiro (PSDB), com a participação de um membro do CFF, um do CRF/MS e outros farmacêuticos para o término da elaboração da proposta. Siufi avaliou a Audiência como proveitosa. “Nunca uma Audiência Pública chegou ao fim com uma proposição tão fechada, de quase 70% do documento elaborado. Vamos escrever uma nova realidade e um novo tempo no Estado, que eu espero que sirva de exemplo para o Brasil”, enfatizou.

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