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Política

Até a base de apoio vê “birra de criança” de Bernal quanto ao prédio da Câmara

Josemil Arruda e Kleber Clajus | 22/01/2014 18:34
Ordem de despejo para a Câmara de Vereadores vence em março (Foto: arquivo)
Ordem de despejo para a Câmara de Vereadores vence em março (Foto: arquivo)

A bronca contra o prefeito Alcides Bernal (PP) pela falta de solução para o problema da ordem de despejo que ameaça a Câmara de Campo Grande não é só da oposição. Mesmo vereadores que integram a base de apoio do prefeito na Casa consideram que ele está agindo com “birra de criança”, havendo o sério risco de agravamento da crise política.

Um dos vereadores da bancada governista que demonstram indignação com a situação é Ayrton Araújo (PT), preocupado com o curto prazo para se buscar uma solução, já que fevereiro já está chegando e a ordem judicial de despejo tem de ser cumprida em março. “O Bernal tem que definir se compra ou constrói uma nova em 30 dias. Vai ter que virar mágico, quem mandou enrolar tanto. É coisa absurda e não pode querer nos amontoar no Paço”, afirmou o petista. “Não há nenhum movimento do Executivo”, lamentou.

Apesar dessa posição crítica, Ayrton Araújo não concorda com o líder oposicionista Airton Saraiva (DEM), que avalia que Bernal está tentando “humilhar” a Câmara. “Não vejo como punição, mas está lenta a decisão do Bernal. Acho que é uma coisa fácil para resolver. Há dinheiro para isso. É birra de criança e quem perde é Campo Grande”,opinou Araújo, que, na pior das hipóteses, do despejo, não ficará sem um local para atender seus eleitores, visto que tem escritório político com o deputado estadual Cabo Almi (PT).

O vereador Zeca do PT também considera que está faltando vontade política do prefeito, que deveria aproveitar o atual momento para distensionar a cena política. “Resolver essa questão seria um gesto de grandeza da vitória final e o diálogo tem que ser a partir disso. O que custa a prefeitura desapropriar esse espaço e negociar com os proprietários?”, indagou o ex-governador.

Considera que caso realmente aconteça o despejo, Bernal também sofrerá prejuízos políticos. “Se houver despejo é ruim para as instituições. Não é a Câmara que paga e está faltando vontade política no prefeito. O gesto hoje tem que ser do Bernal, tem que ser vitorioso. Política é construída de gestos e respeitando as diferenças”, defendeu o petista.

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