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Política

Ativistas dos direitos indígenas vão ao MPE e alegam perseguição de deputada

Antonio Marques | 02/10/2015 12:44
Ativistas dos direitos indígenas foram ao Ministério Público denunciar deputada por perseguição política (Foto: Antonio Marques)
Ativistas dos direitos indígenas foram ao Ministério Público denunciar deputada por perseguição política (Foto: Antonio Marques)

Ativistas dos direitos dos indígenas do coletivo Terra Vermelha estiveram nessa manhã na Promotoria dos Direitos Humanos no MPE (Ministério Público Estadual) para denunciar a deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) por perseguição política em razão do manifesto ocorrido na Assembléia Legislativa no último dia 24 de setembro, quando a sessão precisou ser suspensa em razão dos protestos contra a CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionária) e a defesa da CPI do Genocídio, para investigar as mortes dos índios no estado.

O artista Jorge Barros e a mestranda em antropologia Priscila Anzoategue, formada em Direito, alegam que a deputada estadual registrou um boletim de ocorrência contra os ativistas que criaram uma página na Internet para arrecadar recursos de pessoas de outros estados para a compra de cestas básicas para os índios da região sul do estado e de Antonio João, que estão em condições sub-humanas e passando fome.

Conforme Priscila Anzoategue, Mara Caseiro teria se utilizado do protesto ocorrido na Assembleia para justificar o registro de ocorrência por ameaça de morte contra os ativistas. “Inclusive ela incluiu uma pessoa do Rio de Janeiro que nem esta na Assembleia no dia 24, mas que apoia a nossa campanha”, destacou ela.

Jorge de Barros disse que as pessoas foram na Assembleia apenas para protestar em favor dos índios, mas que a deputada teria usado de abuso do poder ao mandar os seguranças da Casa prender o advogado Rogério Batalha, que foi agredido no saguão do prédio e só não foi levado preso em razão da interferência do deputado Pedro Kemp.

Conforme o artista, que é cadeirante, eles decidiram procurar o Ministério Público para coibir a perseguição da deputada ao grupo que atua na defesa dos indígenas, jamais a ameaçou de morte. “Temos o direito de nos manifestar e lutar em defesa de nossos irmãos índios”, ressaltou.

O Campo Grande News tentou falar com a deputada Mara Caseiro na manhã desta sexta-feira, mas o telefone dela deu mensagem de caixa postal por mais de uma vez. A ação dos ativistas têm o apoio de diversas entidades da sociedade civil organizada, sindicatos e partidos políticos.

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