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Política

Ato "Ocupa Câmara" fracassa e fica restrito a manifestação tímida

Jéssica Benitez | 05/09/2013 12:42
Manifestantes no início da sessão de hoje (Foto: Cleber Gellio)
Manifestantes no início da sessão de hoje (Foto: Cleber Gellio)

Após tanto ‘barulho’ na internet e mais de 250 pessoas confirmarem presença no ato “Ocupa-Câmara”, o manifesto se restringiu a movimentação tímida e segmentada. Efetivamente, a manifestação conseguiu apenas acabar com a sessão ordinária da Câmara Municipal mais cedo do que o normal. Os vereadores encerraram os trabalhos no plenário às 10h47, geralmente isso é feito depois do meio-dia. 

No final do protesto o que era para ser uma ocupação por tempo indeterminado acabou sendo um grupo de pessoas visivelmente cumprindo ordens de determinado bloco político, cerca de 50 mototaxistas reivindicando em causa própria e pouco mais de dez pessoas do Movimento Voluntário.

No início da sessão grande parte dos manifestantes vaiaram alguns vereadores como Paulo Siufi (PMDB), por exemplo, chegaram a gritar “Gasparzinho” para o médico fazendo referência a denúncia de que ele descumpria horário de trabalho para a Prefeitura.

Coincidentemente os donos das vaias portavam cartazes com os dizeres “Bernal o povo está contigo e nós também”, “A teta secou agora é Bernal” e muitos adesivos propagando a frase “Deixa o homem trabalhar”. Ao decorrer o manifesto foi se acalmando e acabou com grande parte das pessoas sentadas no auditório da Casa de Leis.

O momento mais tenso foi quando os mototaxistas brigaram entre si. Isso porque todos foram em busca de apoio dos vereadores para a inspeção do alvará, pois segundo eles, existem muitos alvarás nas mãos de poucos. O presidente do sindicato dos mototaxistas Dorvair Caburé esteve no protesto, mas foi praticamente expulso pelos sindicalistas acusado de comercializar alvarás e ser portador de vários.

A categoria conseguiu mobilizar os vereadores da Comissão Permanente de Transito e Transporte que vão se reunir hoje às 15h com a diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transito e Transporte) Kátia Castilho. “Vamos debater sobre a possibilidade de reavaliar cada alvará. Vamos chamar todos os mototaxistas para fazer audiência pública e até o final do ano resolver essa situação”, explicou Ademir Júnior, o Coringa (PSD).

Ao contrário das outras manifestações feitas durante sessão na Câmara, nenhum representante da manifestação quis fazer uso da tribuna para colocar as reivindicações aos 29 parlamentares. No fim todos foram embora, não houve ocupação efetiva, nem sinal de barracas ou colchonetes.

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