Azambuja quer saber para quem empresa de Palocci prestava serviços
Uma comissão do PSDB protocolou nesta terça-feira, no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Fazenda, um pedido de esclarecimentos sobre eventuais investigações relativas a transações bancárias realizadas pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ou pelas empresas das quais ele é sócio.
Vice-líder do PSDB, o deputado federal sul-mato-grossense Reinaldo Azambuja considerou frágeis e inconsistentes as informações oferecidas pelo ministro e quer saber, para quem a empresa prestava serviços, quais eram os serviços prestados e se os clientes tinham negócios ligados ao Governo.
Azambuja afirmou que o grupo de tucanos quer, mais do que nunca, explicações plausíveis, que sejam dadas pelo próprio ministro.
“Não podemos esquecer que a Casa Civil já foi palco de outros escândalos escabrosos de trafico de influência e corrupção. A operação abafa do Governo não pode prosperar sobre a inteligência e paciência do povo brasileiro”, afirmou o deputado tucano.
Em e-mail a senadores, a Casa Civil argumenta que Palocci agiu dentro da lei ao montar a consultoria para prestar serviços na área econômico-financeira e cita um levantamento recente que mostra que 273 parlamentares são sócios em algum tipo de empreendimento.
Palocci afirma que a consultoria Projeto lhe rendeu o enriquecimento suficiente para comprar um imóvel de mais de R$ 6 milhões em São Paulo.
A denúncia do jornal Folha de S. Paulo é de que o patrimônio do ministro cresceu 20 vezes nos últimos quatro anos.