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Política

Bernal confunde desmembrando R$ 108 milhões e votação é adiada

Zemil Rocha e Kleber Clajus | 26/09/2013 14:47
Vereadores discutindo projetos de suplementação de Bernal hoje na Câmara (Foto: Cleber Gellio)
Vereadores discutindo projetos de suplementação de Bernal hoje na Câmara (Foto: Cleber Gellio)

A Câmara de Campo Grande acabou adiando para a semana que vem a votação do maior pedido de suplementação orçamentária do prefeito Alcides Bernal (PP), no valor de R$ 40,2 milhões, depois de mais uma confusão da prefeitura que enviou aos vereadores, no final da sessão desta quinta-feira (26), dois projetos, desmembrando o de R$ 108 milhões.

Pelo acordo selado terça-feira (24), com a presença do secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Wanderley Ben Hur, uma nova proposta seria enviada suprimindo o valor de R$ 68,6 milhões, pois se referia a despesa de pessoal e encargos sociais, não havendo necessidade legal de autorização legislativa para reforço de dotações nesse caso.

No final da sessão de hoje, porém, o Executivo municipal enviou dois projetos para substituir o de R$ 108 milhões, que deixará de tramitar, um no valor de R$ 68,6 milhões e outro de R$ 40,2 milhões.

A presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, Grazielle Machado (PR), ficou indignada com o novo erro da prefeitura. Na terça-feira, a republicana já havia denunciado que o prefeito Alcides Bernal acabou enviando duas peças orçamentárias para o Legislativo Municipal, uma entregue aos vereadores e outra totalmente diferente para a comissão presidida por ela. Chegou a pegar um dos orçamentos e jogar no chão, dizendo a seguir: “Esse orçamento não presta para nada; deve ser levado à fogueira”.

Grazielle Machado já avisou que o projeto de suplementação de R$ 68,6 milhões terá o mesmo destino que o de R$ 108 milhões. “Não vai tramitar esse de R$ 68 milhões”, avisou. Quanto ao projeto de suplementação de R$ 40,2 milhões há consenso para aprovação, mas sua votação foi adiada em razão de a proposta ter chegado no final da sessão desta quinta-feira, a última da semana.

A posição da presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, de suspender a tramitação do projeto de suplementação de R$ 108 milhões, foi considerada correta até mesmo pelo líder do prefeito na Câmara, Marcos Alex (PT), que reconheceu a necessidade de correção dos valores. “Solicito ao Executivo que refaça o projeto, retirando os interrelacionados ao pagamento de pessoal”, afirmou esta manhã. Alex considerou a que a decisão tomada por Grazielle Machado foi coerente e que o seu parecer foi técnico.

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